quinta-feira, 28 de julho de 2011

Crítica de Leitor: «M*rdas Que O Meu Pai Diz»

«Um verdadeiro remédio santo para a má disposição!


M*rdas Que o Meu Pai Diz não poderia fazer mais jus ao título que carrega! Esta é uma hilariante comédia repleta de ironia onde, de forma divertida e inteligente, o autor Justin Halpern expõe toda a sabedoria transmitida pelo seu Pai durante o seu crescimento.
Um livro em que, apesar da forte componente cómica, o leitor se irá rever em inúmeras situações caricatas, que fazem parte do crescimento comum, e onde o conceito familiar está presente de forma muito proeminente. Certo é que em cada conselho existirá uma gargalhada, numa narrativa que é breve mas que satisfaz todos os tipos leitor.
Se alguma vez o leitor pensou ter problemas graves de comunicação com o seu tutor, desengane-se!
Quando Justin se vê, aos 28 anos, obrigado a viver novamente a paredes meias com o seu Pai teve então a brilhante ideia de oferecer ao mundo os anedóticos conselhos que toda a vida este, sabiamente, lhe transmitiu e o resultado não poderia ser mais divertido!
Um livro que compila um sem número de situações que, sendo idênticas às que muitos de nós ultrapassaram durante o seu crescimento, rompe com todos os conceitos banais de uma forma que não poderia ser mais alegre. Desde a mais ridícula das questões, á mais filosófica, todas elas merecem uma pitada de ironia, ou sarcasmo, através de um personagem bem real que se não existisse teria, efectivamente, de ser inventado.
Mais do que uma hilariante comédia esta pequena obra é também um almanaque sobre família, no seu sentido mais valoroso e, apesar de toda a mordacidade contida nas palavras do Pai, é saliente o amor, amizade e afeição que este tem por cada um dos seus filhos, só que, dada a sua personalidade tão excêntrica, nem sempre a forma como se expressa é a mais correcta, ainda para mais, se tivermos em conta que uma boa parte do livro relata a infância de Justin.
Tudo o que realmente importa e que, de alguma forma, tempera a vida poderá assim ser encontrado nesta leitura desprendida que apela ao bom senso e ao mesmo que dá enfâse às questões mais descabidas mas que fazem, de uma forma, ou de outra, parte do que somos.
É importante notar a genialidade do autor Justin Halpern, a forma como expõe toda a narrativa, numa escrita leve e descontraída que fará o leitor esquecer-se da passagem do tempo e acabar a reflectir sobre as suas próprias vivências enquanto confirma que rir é mesmo a cura para todos os males.
No final é com um toque de sentimentalismo que verificamos que até na maior das ironias se encontra uma grande lição de moral e de amor ainda que nem sempre esteja visível, de tão insólitos que são determinados momentos da vida que o autor que teve. Sem dúvida, esta é a história de uma linda família desigual e ao mesmo tempo semelhante a tantas outras.
Um livro que tenho recomendado aos meus amigos e que vos recomendo também, pois até mesmo para quem não gosta de ler, o divertimento é garantido. Uma obra com a assinatura Pergaminho.»
Histórias de Elphaba

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