quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Excerto:

As Coisas Que Nunca Dissemos
Marc Levy


«1

– Então, achas que fico bem assim?
– Volta-te e deixa-me olhar para ti.
– Stanley, há meia hora que me examinas da cabeça aos pés; já não consigo ficar mais tempo de pé neste estrado.
– Eu diminuiria ainda no comprimento; seria um sacrilégio esconder umas pernas como as tuas!
– Stanley!
– Minha querida, queres ou não queres a minha opinião?
Volta-te outra vez para eu te ver de frente. É exactamente o que eu pensava, entre o decote e o cair das costas não vejo qualquer diferença; pelo menos, se tiveres uma nódoa, só terás de a virar… da frente para trás, é a mesma coisa!
– Stanley!
– Essa ideia de comprares um vestido de noiva em saldo deixa-me horrorizado. Porque não procuras na Internet quando estiveres a trabalhar no computador? Querias a minha opinião, e eu dei-ta.
– Peço desculpa por não poder oferecer nada melhor a mim mesma com o meu salário de infografista.
– Desenhadora, minha princesa! Meu Deus, tenho horror a este vocabulário do século XXI.
– Trabalho com um computador, Stanley, e não com lápis de cor!
– A minha melhor amiga esboça e anima personagens maravilhosas, por isso, com computador ou sem ele, ela é desenhadora e não infografista. Tu realmente tens de discutir acerca de tudo!
– Encurta-se ou deixa-se como está?
– Cinco centímetros! E depois será preciso arranjar este ombro e apertar na cintura.
– Bem, já percebi, detestas este vestido.
– Não foi o que eu disse!
– Mas é o que tu pensas.
– Deixa-me ajudar nas despesas e vamos rapidamente à Anna Maier; peço-te que me ouças pelo menos desta vez!
– A dez mil dólares um vestido? Estás completamente louco! Também não tens dinheiro para isso, e, depois, é apenas um casamento, Stanley!
– O teu casamento!
– Eu sei – suspirou Julia.
– Com a fortuna que possui, o teu pai poderia…
– A última vez que vi o meu pai, estava eu parada num semáforo vermelho e ele descia num carro a 5th Avenue… há seis meses. Fim de discussão!
Julia encolheu os ombros e desceu do estrado. Stanley segurou-a pela mão e abraçou -a.
– Minha querida, todos os vestidos do mundo te ficariam às mil maravilhas, apenas quero que o teu seja perfeito. Porque não pedes ao teu futuro marido que to ofereça?
– Porque os pais do Adam já vão pagar a cerimónia, e se se pudesse evitar contar à sua família que ele se vai casar com uma Cosette não me sentiria pior. Num passo ligeiro, Stanley atravessou a loja e dirigiu-se para um expositor perto da montra. Encostados ao balcão da caixa, vendedores e vendedoras conversavam entre eles ignorando-o por completo. Agarrou num vestido estreito de cetim branco e deu meia-volta.
– Experimenta este e não quero ouvir nem mais uma palavra!
– É um 36, Stanley, nunca conseguirei caber nele.
– O que é que eu acabei de te dizer?
Julia ergueu os olhos aos céus e entrou na cabina de provas que Stanley lhe apontava com o dedo.
– É um 36, Stanley! – repetiu ela, afastando -se.
Alguns minutos depois, a cortina abriu-se tão bruscamente como se fechara.
– Eis por fim uma coisa que se assemelha ao vestido de casamento da Julia – exclamou Stanley. – Sobe já para o estrado.
– Tens um guindaste para me içar? Porque se dobro um joelho…
– Fica-te às mil maravilhas!
– E, se engolir um petit four, as costuras rebentam.
– Nunca se come no dia do nosso casamento. Alarga-se um bocadinho de nada no peito e ficarás com um ar de rainha! Achas que haverá algum vendedor nesta loja? É absolutamente inacreditável!
– Eu é que deveria estar nervosa, e não tu!
– Eu não estou nervoso, estou é espantado por ter de ser eu a arrastar-te para vires comprar o teu vestido de noiva quando faltam apenas quatro dias para a cerimónia!
– Só tenho trabalhado nestes últimos tempos! E nunca poderemos falar deste dia a Adam, pois há um mês que lhe jurei que estava tudo pronto. Stanley agarrou numa pregadeira de alfinetes que estava abandonada em cima do braço de uma poltrona e ajoelhou-se aos pés de Julia.
– O teu marido não se apercebe da sorte que tem. Tu és fantástica.
– Pára com as tuas pequenas ferroadas contra o Adam. Afinal, de que é que o censuras?
– É parecido com o teu pai…
– Não sabes o que dizes. O Adam não tem nada a ver com ele, aliás, ele detesta-o.
– O Adam detesta o teu pai? Um bom ponto a favor dele.
– Não, o meu pai é que detesta o Adam.
– O teu pai sempre odiou tudo o que se aproximava de ti. Se tivesses tido um cão, ele tê-lo-ia mordido.
– Não, se eu tivesse tido um cão, ele teria certamente mordido o meu pai – disse Julia a rir.
– Seria o teu pai a morder o cão!
Stanley ergueu-se e recuou alguns passos para contemplar o seu trabalho. Abanou a cabeça e inspirou profundamente.
– O que é que se passa? – perguntou Julia.
– Está perfeito, ou melhor, tu é que és perfeita. Deixa-me ajustar a cintura e poderás finalmente levar-me a almoçar.
– Num restaurante à tua escolha, meu amigo!
– Com este sol, poderá ser na primeira esplanada; mas tem de ficar à sombra e tu tens de deixar de te mexer para que eu possa acabar este vestido… quase perfeito.
– Porquê «quase»?
– Porque está em saldo, minha querida!
Passou uma vendedora e perguntou-lhes se precisavam de ajuda. Stanley mandou -a embora fazendo um gesto com a mão.
– Achas que ele virá?
– Quem? – perguntou Julia.
– O teu pai, idiota!
– Pára de me falares nele. Disse -te que não tinha notícias dele desde há meses.
– No entanto, isso não quer dizer…
– Ele não vem!
– E tu deste-lhe notícias tuas?
– Há muito tempo que desisti de contar a minha vida ao secretário particular do meu pai, porque o papá está em viagem ou em reunião e não tem tempo para falar com a filha.
– Enviaste-lhe uma participação?
– Estás quase a acabar?
– Quase! Vocês parecem um velho casal; ele é ciumento. Todos os pais são ciumentos! Há-de passar-lhe.
– É a primeira vez que te ouço defendê-lo. E depois, se somos um velho casal, então há anos que nos divorciámos. Ouviu-se a melodia de «I Will Survive» vinda da mala de Julia. Stanley interrogou-a com o olhar.
– Queres o teu telefone?
– É certamente o Adam ou do estúdio…
– Não te mexas, vais arruinar todo o meu trabalho, eu levo-to. Stanley mergulhou a mão no saco da amiga, tirou lá de dentro o telemóvel e estendeu-lho. Gloria Gaynor calou-se de imediato.
– Tarde de mais! – murmurou Julia, olhando para o número no visor.
– Então, era o Adam ou do trabalho?
– Nem um, nem outro – respondeu ela, com o rosto contraído.
Stanley fixou-a.
– Vamos brincar às adivinhas?
– Era do escritório do meu pai.
– Liga -lhe!
– É claro que não! Ele que me ligue.
– Foi o que ele acabou de fazer, não?
– Foi o que acabou de fazer o seu secretário, era a linha dele.
– Estás à espera desta chamada desde que puseste no correio a participação do teu casamento. Deixa de ser criança. A quatro dias do enlace, é costume evitar-se ao máximo o stresse. Queres que te apareça uma borbulha enorme no lábio ou uma erupção
horrível no pescoço? Então, liga-lhe já.
– Para que o Wallace me explique que o meu pai está sinceramente triste, mas que vai estar em viagem no estrangeiro e não poderá, infelizmente, cancelar uma deslocação agendada há meses? Ou então que, infelizmente, vai estar ocupado nesse
dia com um assunto da mais alta importância ou outra desculpa qualquer?
– Ou então que está feliz por poder comparecer no casamento da filha e que quer ter a certeza de que, apesar das divergências entre ambos, ela o sentará na mesa de honra!
– O meu pai dá pouca importância às honras; se viesse, preferiria estar perto do bengaleiro, desde que a jovem mulher que dele se ocupa fosse extremamente bem-feita!
– Deixa de o odiar e liga-lhe, Julia. Oh, olha, faz como quiseres. Vais passar o casamento todo a espreitar para veres quando é que ele chega, em vez de aproveitares o momento.
– E assim esquecer-me-ei de que não posso tocar nos petits fours por correr o risco de explodir no vestido que escolheste!
– Que simpática, minha querida! – assobiou Stanley, dirigindo -se para a porta da loja. – Almoçamos num dia em que estejas mais bem-disposta.
Julia tropeçou ao descer do estrado, e correu na sua direcção. Agarrou-o pelo ombro e, desta vez, foi ela que o abraçou.
– Desculpa, Stanley, não queria dizer aquilo, estou desolada.
– Em relação ao teu pai ou ao vestido que tão mal escolhi e ajustei? Gostava que reparasses que nem a tua descida catastrófica nem a cavalgada que empreendeste nesta loja ordinária parecem ter desfeito a mínima costura!
– O vestido é perfeito, tu és o meu melhor amigo, sem ti nem sequer poderia pensar em dirigir-me ao altar. Stanley olhou para Julia, tirou um lenço de seda da algibeira e limpou os olhos húmidos da amiga.
– Queres realmente atravessar a igreja de braço dado com uma grande louca, ou a tua última maldade seria fazeres-me passar pelo teu asqueroso pai?
– Não esperes por isso, não tens rugas suficientes para seres credível nesse papel.
– Era a ti que eu estava a favorecer, palerma, rejuvenescendo-te um pouco de mais.
– Stanley, é pelo teu braço que quero ser conduzida para junto do meu marido! Que outra pessoa poderia ser?
Ele sorriu, apontou para o telemóvel de Julia e disse-lhe numa voz terna:
– Liga ao teu pai! Vou dar instruções à idiota da vendedora, que tem ar de não saber o que é um cliente, para que o teu vestido esteja pronto depois de amanhã, e iremos por fim almoçar. Telefona agora, Julia, estou a morrer de fome!
Stanley afastou-se e dirigiu-se à caixa. De caminho, lançou uma olhadela à amiga, viu-a hesitar e por fim telefonar. Aproveitou para tirar discretamente o livro de cheques, pagou o vestido, o trabalho da costureira e juntou uma gorjeta para que ficasse tudo pronto dentro de quarenta e oito horas. Guardou o talão na algibeira e voltou para junto de Julia, que acabava de desligar.
– Então? – perguntou ele impaciente. – Ele sempre vem?
Julia abanou a cabeça.
– Qual é desta vez o pretexto invocado para justificar a sua ausência?
Julia inspirou profundamente e fixou Stanley.
– Ele morreu!
Os dois amigos entreolharam-se durante um momento, mudos.
– Neste caso, devo dizer que a desculpa é perfeita! – murmurou Stanley baixinho.
– És realmente parvo, sabias?
– Estou confuso, não era isso que eu queria dizer; na verdade, não sei o que é que me passou pela cabeça. Estou triste por ti, minha querida.
– Não sinto nada, Stanley, nem a mais pequena dor no peito, nem uma lágrima a subir.
– Mas vais sentir, não te preocupes, ainda estás em estado de choque.
– Sim, justamente por isso.
– Queres ligar ao Adam?
– Não, agora não, mais tarde.
Stanley olhou a amiga com um ar inquieto.
– Não queres dizer ao teu futuro marido que o teu pai acabou de morrer?
– Morreu ontem à noite, em Paris. O corpo será repatriado de avião e o enterro terá lugar dentro de quatro dias – acrescentou ela numa voz quase inaudível.
Stanley começou a contar pelos dedos.
– Neste sábado? – perguntou ele, arregalando os olhos.
– Na tarde do meu casamento… – murmurou Julia.
Stanley dirigiu-se imediatamente à caixa, recuperou o cheque e arrastou Julia para a rua.
– Eu é que te convido para almoçar!»

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Um Novo Mundo
Despertar para a Essência da Vida



Partilhe connosco e com todos os leitores a sua experiência!


«É a coisa mais excitante que já fiz. Milhões de pessoas em todo o mundo já começaram a passar pela experiência de Um Novo Mundo por si próprios e estão a despertar para as possibilidades das suas vidas.»
Oprah Winfrey

Leitores de todo o Mundo e agora de Portugal estão a descobrir Um Novo Mundo, de Eckhart Tolle. O despertar pode ser doloroso, mas libertador e pode ser uma experiência bastante intensa, capaz de provocar uma revolução na maneira como percepcionamos a nossa vida e a dos outros. Abrimos aqui um espaço de reflexão, onde o leitor pode partilhar connosco e com os leitores desta magnífica obra a sua própria experiência na descoberta da sua essência. A troca de ideias e pensamentos poderá permitir uma compreensão ainda mais aprofundada da mensagem de Eckhart Tolle. Deixe um comentário e descubra como a leitura de Um Novo Mundo tem tocado os portugueses por todo o país.



quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Imprensa:

«Conferência

"Manicómio global é futuro da sociedade"

As sociedades actuais estão a transformar-se um "grande manicómio global" tão grande vai ser, no futuro, o número de pessoas afectadas por doenças do foro psíquico, defende o psiquiatra e investigador brasileiro Augusto Cury. "O Mundo vai ser um grande hospital psiquiátrico. As doenças vão aumentar, não tenho dúvida nenhuma", disse à Lusa, após uma conferência em Penafiel.
O psiquiatra tem-se notabilizado internacionalmente por estudar os temas relacionados com os processos de construção do pensamento, com a inteligência humana e com o funcionamento da mente.
Em Portugal, Augusto Cury celebrizou-se com a publicação dos livros "Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes" e "Pais Brilhantes, Professores Fascinantes", considerados best-sellers dado o número de exemplares vendidos. "O modelo de sociedade actual transformou-se numa fábrica de pessoas stressadas e ansiosas", que apresentam sintomas como a irritabilidade, a impaciência, a intolerância e pensamentos antecipatórios".»

Jornal de Notícias

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Augusto Cury em Portugal!

Nos dias 24 e 25 de Outubro, Augusto Cury estará em Portugal para o lançamento oficial de O Código da Inteligência. O autor será ainda o orador principal do Congresso Nacional do Instituto da Inteligência, cujo tema central é a EDUCAÇÃO E O HOMEM DO FUTURO.

Saber mais aqui.

O Código da Inteligência descreve de forma fascinante os códigos do eu como gestor psíquico, da intuição criativa, da autocrítica, do altruísmo e da resiliência. Esses códigos conseguem estimular-nos a ser mais criativos e a desenvolver a saúde psíquica e a excelência profissional. Descreve também as armadilhas da mente em que facilmente caímos e que podem bloquear a inteligência. Um livro indispensável para todos aqueles que se queiram tornar mestres na arte de pensar.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

«Um Novo Mundo» na Oprah

Nas últimas semanas, o programa da Oprah (a passar em Portugal, na SicMulher, de 2ª a 6ª feira, por volta das 21h45) tem sido dedicado a um livro muito especial: Um Novo Mundo, de Eckhart Tolle. De origem alemã, este autor licenciou-se pela Universidade de Londres e trabalhou como investigador na Universidade de Cambridge. Aos 29 anos, uma profunda transformação espiritual mudou radicalmente a sua vida. Nos anos que se seguiram, dedicou-se a compreender, integrar e aprofundar essa transformação, que marcou o início de uma intensa caminhada interior. Nos últimos anos tem trabalhado como conselheiro e mestre espiritual a título particular e com pequenos grupos, tanto na Europa como nos EUA. Vive em Vancouver, no Canadá, desde 1996.

Em Janeiro de 2008, Oprah Winfrey seleccionou o livro Um Novo Mundo, para o Oprah's Book Club. Foi a primeira vez que a apresentadora de televisão escolheu um livro de não-ficção, sem ser de memórias. Terá sido a sua mais arrojada escolha até ao momento. Para levar os ensinamentos espirituais do autor aos leitores de todo o mundo, a apresentadora juntou-se a Eckhart Tolle para começar a primeira aula global e interactiva ao vivo da história do Oprah Show. «É a coisa mais excitante que já fiz.», revela, «Milhões de pessoas em todo o mundo já começaram a passar pela experiência de Um Novo Mundo por si próprios e estão a despertar para as possibilidades das suas vidas.»

Durante as suas aulas, Oprah e Tolle têm abordado várias temáticas, desde como sossegar a mente, a estar totalmente presente no momento. Vários leitores de todo o mundo vão partilhando em directo as suas experiências sobre o impacto que a leitura de Um Novo Mundo teve nas suas vidas e sobre como os terá despertado para uma nova consciência, permitindo-lhes viver cada momento, não como se fosse o último, mas como se fosse o primeiro. «O que eu sei com toda a certeza é que não se pode começar a viver o melhor possível se não se estiver em total comunhão com o espírito.», diz a apresentadora na página do seu site, dedicado ao programa especial de Um Novo Mundo.
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Assista à maior aula do mundo e comece a despertar para a essência da vida.
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quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Imprensa:

«Frankfurt
Paulo Coelho defende benefícios da Internet para a literatura

O escritor Paulo Coelho exaltou as possibilidades que a Internet abre à literatura e pediu às editoras que não encarem a rede como uma ameaça. As declarações foram proferidas durante a conferência de imprensa que marcou a abertura da Feira do Livro de Frankfurt

Paulo Coelho, que considera que o livro impresso durará pelo menos mais mil anos, relatou as suas experiências na Internet e comparou as repercussões da revolução digital com a revolução de Gutenberg.
Para o autor, a evolução dos últimos dez anos, que marcou o aparecimento da Internet e de novas plataformas para a difusão de ideias, traduz-se numa radicalização do processo de «democratização das ideias» iniciado por Gutenberg.
«Pouco a pouco as pessoas tomam consciência de que podem divulgar o que quiserem na rede, onde todos podem ver, e que são os seus próprios directores de programa», salientou o escritor.
Na sua opinião, a possibilidade de partilhas gratuitas de informação oferecida pela Internet é crucial para as indústrias relacionadas ao mundo da cultura.
Quanto à indústria da música, Paulo Coelho considerou que teve uma reacção inicial errada quando tentou impedir o download de músicas em vez de ter acordado um preço para esta acção.
Em relação ao sector editorial, o escritor pensa que está mais «protegido» da Internet do que a indústria da música ou a indústria cinematográfica, uma vez que a rede tem a ver com a leitura e a escrita, fazendo com que as editoras registassem com alegria um renascimento da comunicação e da expressão escrita nos anos 90.
Apesar disso, Paulo Coelho afirma que, até ao momento, a atitude do sector editorial relativamente a este meio sofre de incompreensão e falta de entendimento.
Paulo Coelho acha que a Internet oferece, antes de mais, a possibilidade de divulgar e aumentar o número das pessoas que não lêem os textos apenas pela rede, mas que acabam por recorrer ao livro impresso.»

Notícia do jornal Sol, tirada daqui.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Tony Samara em Portugal

O escritor Tony Samara vai estar em Portugal nos dias 5 e 6 de Outubro (domingo e 2ª feira) para o lançamento do seu livro A Sabedoria do Xamã, que terá lugar no dia 6, às 19h30, na FNAC do Cascaishopping.


Em A Sabedoria do Xamã, Tony Samara apresenta a quintessência de concepções xamânicas universais que aprendeu durante o seu caminho de iniciação na Amazónia e nos Andes. Jamais dogmática, a sua mensagem não procura convencer, mas traduz, acima de tudo, um desejo de partilhar o que viveu e compreendeu. Com um estilo simples e directo, transmite ao leitor a sensação de já saber intuitivamente tudo o que aqui se diz… Do consumo alimentar ao trabalho com os sonhos, dos cinco elementos aos quatro pontos cardeais, dos exercícios físicos e respiratórios à meditação, entre muitos outros temas, este livro recorda, e coloca à disposição de cada um, a sabedoria antiga – mais útil do que nunca nos dias de hoje.


Nascido em 1965 numa família de origens diversas (Europa e Médio Oriente), Tony Samara desde muito cedo teve por objectivo principal a realização espiritual. As suas escolhas claras e as suas experiências de vida conduziram-no a aperceber-se do potencial ilimitado do ser humano. Depois de ter vivido vários anos num mosteiro Budista Zen, seguiu o seu caminho para a selva da Amazónia e para as montanhas dos Andes, onde viveu e estudou no seio de comunidades de Xamãs. Após muitos anos, foi iniciado nas curas sagradas destes povos ancestrais e deixou a América do Sul para partilhar o seu conhecimento com o mundo. O ensinamento que ele encarna convida-nos a ultrapassar as nossas limitações para podermos reencontrar a essência do que nós somos.
Para saber mais acerca do autor e do seu trabalho, visite o site www.samarafoundation.com

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Imprensa:

O pirata Coelho

Isabel Coutinho - http://blogs.publico.pt/ciberescritas

«“O Vencedor Está Só” é o 12º romance do brasileiro Paulo Coelho. Acaba de chegar às livrarias portuguesas, publicado pela Editora Pergaminho, e segundo a editora é um “testemunho da crise de valores de um universo centrado nas aparências”. Está a ser promovido com uma campanha de “marketing” que diz: “Cannes. 24 horas. Sexo, droga e violência.” Tem como personagens celebridades, festas, modelos, produtores, actores e um “serial killer”.Quando o livro saiu no Brasil, em Agosto, o autor foi capa da”Rolling Stone” brasileira onde disse: “Possivelmente eu sou o escritor mais popular do mundo. Se eu fosse um refrigerante, eu seria a Coca-Cola.”É considerado, pelo Guiness Book 2009, o autor vivo mais traduzido da História (até agora foram publicadas 455 traduções dos seus livros, em 67 idiomas) e entrou para o Guiness Book of Records como o autor que autografou mais traduções de uma obra numa única sessão (na Feira do Livro de Frankfurt, em 2003, foi lindo de se ver!) Há anos que tem presença assídua na Internet. Além do “site” oficial em várias línguas, mantém um blogue, disponibiliza capítulos dos seus livros, fotografias de família. E interage muito com os leitores. Em tempos era possível descarregar alguns dos seus livros a partir do site, mas agora está mais especializado: tem lá uma foto, vestido de pirata, que vai dar a um sítio de onde se podem descarregar as obras. Ele é o “Pirate Coelho”.Jeff Jarvis, do jornal “The Guardian”, contava numa das suas colunas de Agosto que Paulo Coelho descobriu o poder de disponibilizar cópias grátis dos seus livros quando um fã russo colocou online um dos seus romances. As vendas dos livros em papel subiram muito. Por isso no seu “site” o escritor começou a colocar “links” para versões pirateadas dos livros. A sua editora norte-americana percebeu que esses links e essas obras eram pirateadas por ele mesmo. Pirata Coelho era o autor da marosca (uma das versões não autorizadas que circulavam na Web tinha notas do autor).Paulo Coelho é um autor exemplar. Está a aproveitar as capacidades da Internet para comunicar ainda mais com os leitores em todo o mundo. Está no Twitter, a partir dele manda (para quem o segue) pequenos “posts” em língua inglesa. Tem um blogue onde coloca vídeos que ele próprio faz no Seesmic. O mais recente conta a sua experiência no concerto de Madonna. Colocou no Flickr fotos dos seus leitores a ler os seus livros.No site colocou uma pequena entrevista em vídeo e escrita sobre esta nova obra. Conta que chegou à matéria para o livro falando com amigos, com um detective (por causa do “serial-killer”) e com um médico (pelos casos de envenenamento). “Conversei com modelos, usei contactos que tinha no meio, falei com pessoas em festas. Quando chegou a Semana da Moda, disse: vou participar. Fui a vários desfiles. Já tinha ido a Cannes antes e ficado surpreendido por não ser verdadeiramente um festival de cinema, ou seja, ninguém se lembra do filme que ganhou, mas toda a gente se lembra que houve determinada festa.”Por falar em festas: Paulo Coelho vai estar mais uma vez na Feira do Livro de Frankfurt, é o orador convidado e no dia 15 de Outubro vai ser homenageado numa festa oferecida pela Mercedes-Benz. Vão comemorar os seus 100 milhões de livros vendidos, com a presença de Gilberto Gil e do novo ministro da Cultura do Brasil, Juca Ferreira. A festa, por convite, terá uma exposição virtual de fotos dos seus leitores espalhados por todo o mundo. Alguém se vai lembrar do livro? Todos se vão lembrar da festa.»


Conversas com Paulo Coelho!

«Para comemorar o vigésimo aniversário da publicação do best-seller de Paulo Coelho, O Alquimista, a HarperOne está a patrocinar um evento ao vivo na Internet em que autor, leitores e o actor Lawrence Fishburn poderão conversar e interagir. Este evento vai ter lugar na quarta-feira, dia 17 de Setembro, por volta das 15:00, hora portuguesa. O programa, de uma hora, será transmitido em http://www.authoronair.com/, um novo website que reúne autores e leitores. «Estamos encantados em celebrar O Alquimista com Paulo Coelho.», comentou o editor da HarperOne, Mark Tauber. «Esta é uma oportunidade de os fãs de todo o mundo poderem fazer as suas perguntas e trocar ideias com o autor deste livro inspiracional.» O evento que inclui chat online e por telefone, vai contar ainda com uma entrevista ao autor, telefonemas de leitores e com uma conversa entre Paulo Coelho e Lawrence Fishburn.
O Alquimista, que já vendeu mais de 100 milhões de exemplares em todo o mundo, está a ser adaptado ao cinema pelo actor e realizador Lawrence Fishburn, galardoado com um Emmy e com um Tony Award.»

Notícia tirada daqui.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Imprensa:

«Paulo Coelho lança "O vencedor está só"

Novo livro do escritor brasileiro é uma crítica ao materialismo e ao culto das celebridades

Paulo Coelho lançou um novo livro. "O vencedor está só" gira em torno do mundo da moda, das celebridades e de um serial killer durante o Festival de Cannes.
O protagonista do novo livro do escritor brasileiro é Igor Dalev, um russo que transforma a obsessão pela ex-mulher numa série de homicídios. O cenário é luxuoso, povoado por artistas e estilistas. O grande objectivo deste livro é, segundo Paulo Coelho, criticar o materialismo.
Em entrevista ao jornal brasileiro Globo, o escritor contou que a grande inspiração para o livro partiu do mundo em que vive. "Eu vejo uma série de questões que deveriam ter prioridade, no fundo o que interessa às pessoas é a violência, a moda e as celebridades", afirmou o escritor. "No site da CNN, lugar visitado por pessoas interessadas em notícias sérias, o que tem mais cliques são as notícias relacionadas com as celebridades", explicou.
Segundo escritor, "O vencedor está só" é um livro sobre o mundo actual e sobre as suas vivências. "Eu convivo muito no mundo [das celebridades] e o universo da moda sempre me intrigou", explicou Paulo Coelho.
Para pesquisar informações sobre o assunto, Paulo Coelho teve que frequentar desfiles de moda. "Nunca tinha ido, mas na medida que eu estava a escrever sobre isso, comecei a ir", contou Paulo Coelho ao jornal brasileiro. Para além de frequentar o ambiente, Paulo Coelho interagiu com os participantes para assim perceber "a mente de um criminoso". "Eu conversei com as pessoas. Com as modelos e sobretudo com os estilistas. Era um trabalho jornalístico", contou.
Paulo Coelho é um "apaixonado" pela internet. O escritor brasileiro tem um projecto online chamado "Pirate Coelho" onde disponibiliza o download de todas as suas obras. No entanto, o escritor não considera que a internet possa interferir com o sucesso dos livros. "É muito mais barato ler um livro impresso e é muito chato ler um livro no computador", explicou o escritor. "O Vencedor está só" vai estar também disponível online mas apenas daqui a três meses.»

IOL Portugal Diário, 15 de Setembro, 2008

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Feira do Livro de Frankfurt 2008:

Paulo Coelho é o orador convidado da Conferência de Imprensa de Abertura

Paulo Coelho é o convidado especial da conferência de imprensa de abertura da 60.ª Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, que se realiza a 14 de Outubro, entre as 11h00 e as 12h00. São esperados mais de 300 jornalistas de todo o mundo.
O autor, que acaba de lançar O Vencedor Está Só (Editora Pergaminho), o seu 12.º romance, irá falar da sua longa experiência como autor, da relação com os meios de comunicação tradicional e da importância dos novos media, bem como reflectir sobre o papel dos vários actores do sector editorial, nomeadamente autores, editores, livreiros, leitores, críticos e agentes. Na mesma conferência estarão presentes o director da Feira do Livro de Frankfurt e o director da German Publishers and Booksellers Association.
No ano em que foi considerado o autor vivo mais traduzido da História e entrou para o Guiness Book of Records, como o autor que autografou mais traduções de uma obra, numa única sessão (Feira de Frankfurt 2003), Paulo Coelho representará o universo dos autores no evento mais conceituado do sector editorial.
A 60.ª Feira do Livro de Frankfurt decorre de 15 a 19 de Outubro, em Frankfurt, na Alemanha, e esperam-se cerca de 300 mil visitantes, oriundos de todo o mundo, naquele que é considerado um evento de cariz mundial incontornável e obrigatório para os players dos vários sectores da cultura.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

sexta-feira, 29 de agosto de 2008


«A PISTOLA BERETTA PX4 compacta é um pouco maior do que um telemóvel, pesa cerca de 700 gramas e é capaz de disparar dez tiros. Pequena, leve, incapaz de deixar uma marca visível no bolso de quem a carrega, o pequeno calibre tem uma enorme vantagem: em vez de atravessar o corpo da vítima, a bala vai batendo nos ossos e rebentando tudo o que encontra na sua trajectória.»


O Vencedor Está Só, Paulo Coelho, Editora Pergaminho, Lisboa, 2008, pág. 13
24 horas de terror e emoção em Cannes!


O novo livro de Paulo Coelho chega a Portugal no dia 12 de Setembro e promete surpreender os leitores portugueses. O Vencedor Está Só é um thriller emocionante sobre o mundo glamoroso da moda, com o Festival de Cannes como pano de fundo.

3 Perguntas para Paulo Coelho

O livro O Vencedor Está Só passa-se no mundo das celebridades, onde todos querem ser vencedores. Porque é que no título destaca uma parte pouco óbvia da vitória?

A ideia do vencedor está associada, sobretudo, ao facto de ser amado e de estar em contacto com toda a gente. No fundo, qualquer pessoa quer ser querida. À medida que vai galgando os degraus da fama, a pessoa vai percebendo que existe, sempre, uma contrapartida para o seu desejo, que é a seguinte: sim, você está a conseguir mas, ao mesmo tempo, todos aqueles que não conseguiram o consideram, por um lado, uma pessoa fascinante,por outro lado, vêem-no com uma certa amargura. Acho que o exemplo mais clássico que nós temos é o de Jesus, que é recebido com glória no domingo, cercado de gente que canta «Hosana», e, na quarta-feira, esse mesmo público que o recebeu no domingo está a condená-lo à morte. O livro versa muito sobre este tema: como as massas são, de alguma maneira, facilmente guiadas e dirigidas. E a primeira coisa que um indivíduo experimenta como líder, vencedor ou pessoa que chegou ao topo é uma profunda solidão.


Em que medida é que tudo isto diz respeito à sua própria carreira internacional?

Eu tenho uma carreira bastante atípica, sou uma pessoa muito acessível, que sai e conversa com os leitores. Acho que a fama me permitiu abrir portas, e não fechá-las. Acontece, às vezes, a pessoa estar rodeada por mil pessoas durante o dia e, à noite, estar sozinho, a ler no quarto de hotel. Mas não é muito frequente, porque opteipor um caminho diferente, que é o do contacto que, aliás, é a matéria-prima do meu trabalho de escrita. Eu tenho uma grande admiração por Proust, por Joyce e por escritores que elegeram, digamos assim, a sua viagem interior. Mas não é o meu caso. No elenco dos meus escritores encontra-se Henry Miller, William Blake, enfim, pessoas que escolheram o contacto, com uma excepção, que é o Jorge Luis Borges, que era extremamente solitário. Dito isto, eu percebo – porque convivo com muita gente que chegou onde muitos sonharam chegar – que exista sempreaquela sensação curiosa de que «ninguém me ama». Uma vez, quando estava sentado numa mesa de um barcom uma cantora famosíssima, ela disse-me: «Paulo, acho que as pessoas me odeiam.» Eu disse-lhe que não era possível, que ela estava no topo da sua carreira de sucesso, era amada. Mas ela achava que não.


Em O Vencedor Está Só, o que é que viu e o que é que teve de pesquisar?

Basicamente, eu vi tudo. Aos poucos descobri que, no mundo da moda, tudo é controlado pelos Estúdiosde Tendências, as grandes empresas que enviam pessoas para o mundo inteiro, para observarem as discotecas, as ruas, para tomarem notas... E chega uma altura em que dizem: Reparem, agora a tendência vai ser a água. As pessoas já passaram a fase de salvar o planeta, do aquecimento global e agora estão mais na fase «Vai faltar a água». Então, a pessoa pergunta-se: quem foi o primeiro indivíduo que teve a ideia de vender água? E quem foi o primeiro que teve a ideia de vender um terreno? E quem foi o primeiro que resolveu comprar e aceitar que aquilo era uma verdade? Portanto, um indivíduo apercebe-se de que existe um Estúdio de Tendência. A partir desse momento, claro, eu quero saber o que isso é. E, nessa altura, sim, tenho de pesquisar e conversar com as pessoas do meio, que sempre me deram pistas, mas sem saberem que eram pistas. Eu conversei, por exemplo, com um amigo meu que é detective sobre assassinos em série e com outro amigo que é médico, especializado em situações de emergência, e descobri que muitas das emergências são casos de envenenamento. Em seguida, conversei com modelos, usei os contactos que tinha no meio, falei com pessoas em festas. Quando chegou a Semana da Moda, disse: também vou participar. Fui a vários desfiles. Já tinha ido a Cannes antes e ficado surpreendido por não ser verdadeiramente um festival de cinema, ou seja, ninguém se lembra do filme que ganhou, mas toda a gente se lembra que houve uma determinada festa. Portanto, no fundo, a pesquisa vem dos contactos que se tem. Uma pessoa dá-nos o fio de Ariadne, nós vamos seguindo o fio e chegamos onde queremos. Eu acho que, para quem não está inserido no mundo da moda, este livro é uma surpresa.


100 MILHÕES DE LIVROS VENDIDOS EM TODO O MUNDO,MAIS DE DOIS MILHÕES E MEIO SÓ EM PORTUGAL

A OBRA DE PAULO COELHO TEM 100 MILHÕES DE EXEMPLARES vendidos em mais de 160 países. Até agora, foram publicadas 455 traduções dos livros do autor, em 67 idiomas. Os seus romances estão nas listas de best-sellers do mundo inteiro. O Guinness Book 2009 acaba de anunciar que Paulo Coelho é o autor vivo mais traduzido da História, cabendo a William Shakespeare o recorde domaior número de traduções. O Vencedor Está Só, que a Pergaminho publica em Setembro de 2008, é o 12.º romance de Paulo Coelho. Paulo Coelho é um fenómeno que muitos já tentaram e tentam explicar. Para alguns, é um alquimista da linguagem; para outros, um fenómeno da cultura de massas. O seu sucesso é tão grande que ele se tornou algo mais do que um simples autor. É algo único e fascinante. O mago é lido em todas as partes do mundo, inclusive por pessoas que não têm interesse noutros livros ou que não têm tempo para ler. Há uma fotografia de Bill Clinton, durante o seu primeiro mandato como presidente dos Estados Unidos, em que este aparece no jardim da Casa Branca com um romance de Paulo Coelho na mão. O jogador de futebol Ronaldo, a actriz Julia Roberts e as cantoras Madonna e Sinéad O’Connor são apenas quatro entre os inúmeros leitores fervorosos do autor. Qual é o segredo do sucesso dos livros que Paulo Coelho escreveu nas últimas décadas? É que, ainda que escreva a partir da necessidade de se entender e de compreender a sua própria vida, Paulo Coelho consegue alcançar os corações de milhões de pessoas que, por mais diferentes que sejam, colocam a si próprias as mesmas perguntas que ele. «Mesmo que não partilhemos as mesmas respostas», diz o autor. Os fãs e seguidores de Paulo Coelho admiram-no pela consciência que tem dos problemas do mundo, pela sua espiritualidade, pela sua integridade, pela sua sabedoria e, sobretudo, pela sua capacidade de falar com todos.

GUINNESS BOOK 2009 : PAULO COELHO É O AUTOR VIVO MAIS TRADUZIDO DA HISTÓRIA

INSTITUTO PAULO COELHO

O INSTITUTO PAULO COELHO – FUNDADO PELO ESCRITOR E A SUA MULHER, Christina Oiticica – é uma organização sem fins lucrativos, financiada exclusivamente com os direitos autorais recebidos por Paulo Coelho. A sua missão não é fazer caridade, mas sim oferecer apoio e dar oportunidades às comunidades desfavorecidas e excluídas da sociedade brasileira, especialmente a crianças, a idosos e a deficientes mentais. Actualmente, o instituto oferece apoio económico a vários projectos sociais, entre os quais se destacam a Creche-Escola Meninos da Luz, Lar Paulo de Tarso, na favela Pavão-Pavãozinho (RJ), que cuida de 430 crianças. Em 1996, prestava cuidados a 80 crianças e, agora, o objectivo é crescer de modo que possa apoiar 800.

PARA OBTER MAIS INFORMAÇÕES:Creche-Escola Meninos da Luz, Lar Paulo de TarsoEndereço: Rua Saint Romain, 136 Rio de Janeiro RJ Brasil 22071-060Contactos: Isabella de Moraes ou Yolanda de Moraes RegoTel.: 0055 21 2522-9524 2247-0810 2247-8145 E-mail: isabella@meninosdeluz.org.br

sexta-feira, 25 de julho de 2008

6000 é o número de participantes no concurso Bruxa Experimental!

O prazo para participar no concurso Bruxa Experimental lançado por Paulo Coelho em Setembro do ano passado, termina hoje. O desafio consistia em fazer um pequeno filme da perspectiva de um dos narradores da obra «A Bruxa de Portobello» para depois fazer parte de um grande filme que juntasse os melhores vídeos. Com o término da data limite para a recepção dos vídeos candidatos, passar-se-á agora para a fase seguinte que consistirá na selecção dos melhores vídeos. Não será uma tarefa fácil para Paulo Coelho e a sua equipa. 6000 foi o número de participantes que contribuiram com vídeos para fazer parte do filme «A Bruxa de Portobello».

Veja aqui o trailer de um desses filmes.

Os vencedores do concurso serão anunciados a 24 de Agosto de 2008.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Imprensa:

«Paulo Coelho faz filme com usuários do Myspace

Paulo Coelho, escritor brasileiro e “best-seller” mundial, e a rede social MySpace vão transformar o último livro do autor, “A Bruxa de Portobello” (2006), numa longa-metragem. O projecto, chamado “A Bruxa Experimental”, será constituído via “mash-up” – quando duas ou mais obras são sobrepostas e dão origem a uma nova e que, neste caso, será o livro de Coelho e os 15 vídeos e 16 músicas dos usuários do MySpace, que serão escolhidos pelo escritor. O concurso global convida as pessoas a escolher uma das 15 personagens do seu último livro e criar um pequeno filme baseado numa das narrativas da obra. Os que se candidatarem podem colocar o vídeo no MySpaceTV ou na página MySpace de Paulo Coelho (www.myspace.com/paulocoelho) até ao dia 25 de Julho. O material pode ser submetido em qualquer língua, mas deve ser legendado em português, inglês, espanhol ou francês. Os vencedores que serão anunciados no dia 24 de Agosto, dia do aniversário de Paulo Coelho, verão o trabalho exibido no MySpace/TV e numa campanha de “banners”.
No seu blogue o escritor explica a razão do concurso. Coelho escreve que ao longo da sua carreira como escritor conheceu pessoas que confiaram nele sem o conhecer bem, que o ajudaram, permitindo que seguisse os seus sonhos. Depois de visitar páginas de leitores, viu trabalhos excelentes de actores e actrizes, músicos e realizadores, e foi quando pensou: “Por que não fazer um filme juntos?”
“Esperamos que através de excelentes oportunidades como esta possamos inspirar milhares de pessoas e tornar a arte de fazer filmes ainda mais acessível”, disse Chris DeWolfe, presidente executivo do MySpace, ao jornal brasileiro “Folha”.
Não é a primeira vez que Coelho utiliza a interactividade proporcionada pela Internet. Há três anos abriu uma página com “links” para todos os “sites” em que se pudesse fazer “downloads” das suas obras – e dos dez primeiros capítulos de “A Bruxa de Portobello” - foram colocados pelo autor na Internet para perceber as reacções dos leitores. O concurso será promovido pelos escritórios locais do MySpace Brasil, Argentina, México, Canadá, Estados Unidos, Japão, Nova Zelândia, Finlândia, Suécia, Dinamarca, Noruega, Países Baixos, Espanha, Itália, Reino Unido, Irlanda, Índia, Coreia e Polónia.»

Ípsilon, Público, sexta-feira 20 de Junho 2008

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Imprensa:

Filme vai custar perto de 38 milhões de euros
“O Alquimista” de Paulo Coelho
vai ser adaptado ao grande ecrã
19.05.2008 - 16h03 PÚBLICO

Já não é a primeira vez que se anuncia a adaptação de um dos grandes sucessos de Paulo Coelho, “O Alquimista”, para o cinema. Será que agora é de vez? O produtor Harvey Weinstein confirmou, no Festival de Cannes, que o actor Laurence Fishburne vai dirigir, produzir e actuar no futuro filme. A companhia Weinstein vai co-produzir a adaptação.Escrito em 1988, o romance de Paulo Coelho conta a história de um pastor espanhol, Santiago, que parte para África em busca de um sonho, encontrando um alquimista pelo caminho. Fishburne, que interpretou o Morpheus no filme “Matrix”, citado pela BBC, disse que está empenhado em produzir um filme que corresponda com o sucesso do livro. "Estou muito feliz que o meu livro possa ser adaptado da maneira que eu entendo e espero que o espírito e a simplicidade do meu trabalho sejam preservados", declarou o escritor.A produtora Weinstein já detém desde 1999 os direitos do filme, para adaptação tanto para o cinema quanto para televisão. A empresa vai começar a procurar em Espanha e na América Latina um actor para dar vida ao protagonista do filme. Harvey Weinstein pretende anunciar em breve outros nomes que irão trabalhar na película, que será filmada na Europa, África e Médio-oriente. O projecto ronda os 60 milhões de dólares (38,530 de euros).Desde que foi lançado, “O Alquimista” vendeu 30 milhões de exemplares e alcançou o estatuto de “best-seller” em 18 países.

Tirado daqui.
Comemoração do vigésimo aniversário da publicação de O Alquimista

Em Maio, o escritor brasileiro Paulo Coelho comemorou o vigésimo aniversário da primeira edição da sua obra de maior sucesso «O Alquimista», num evento no Teatro Palacio Valdés, em Avilés, no norte de Espanha. O aniversário é assinalado também numa exposição organizada pela Fundação Óscar Niemeyer, na mesma cidade espanhola, onde é apresentada a obra completade todas as capas das múltiplas versões de "O Alquimista", que vendeu 35 milhões de exemplares no mundo todo, e outros documentos curiosos como uma cópia reproduzida de parte do original e o contrato com o qual foi editado pela primeira vez em 1988.

Mais de 65 milhões de pessoas, em 150 países e de 63 idiomas diferentes, leram «O Alquimista», o que o torna um dos títulos mais lidos. No total, venderam-se 35 milhões de cópias do livro, que relata as aventuras de Santiago, um pastor, que um dia deixa o seu rebanho para perseguir uma quimera. O caminho que faz converte-se numa simbologia da vida do Homem.

Texto de apresentação do Autor na edição especial de O Alquimista

Fase antes de começar a escrever:
«Hoje, ao sentar-me diante desta página, lembro-me de uma noite quente de Fevereiro de 1988, quando me sentei diante de outra página em branco.
Estava muito ansioso, tinha passado o dia inteiro a adiar este momento. Tinha-me levantado cedo, mas decidi ler primeiro o jornal, como se isso fosse uma prioridade. Li-o de uma ponta à outra, incluindo os classificados (eu, que tinha deixado o meu emprego para me aventurar neste mundo "perigoso e imprevisível" da literatura). Após uma hora de leitura metódica e atenta das páginas impressas, decidi que tinha de sair de casa, tentar esquecer estas notícias que, de tão repetidas, deixam de nos assustar. Queria esvaziar a cabeça, como quem arruma a casa, e preparar-me para a página em branco que me esperava na máquina de escrever.
Caminhei com um passo apressado pelo "calçadão" de Copacabana, sentindo algumas saudades de Espanha, onde tinha vivido algum tempo e onde costumava ver o mesmo céu nublado e sentia o mesmo calor pela manhã. A Natureza ao meu redor parecia combater consigo mesma e com os seus elementos; o mar lançava-se com violência contra a praia, o vento sacudia as folhas das poucas palmeiras que sobravam, as nuvens continham tempestades que em breve cobririam a cidade, provocando os engarrafamentos de sempre. O meu coração batia mais depressa do que o normal: tinha uma ideia, tinha uma história, mas não sabia como começar a contá-la.
Já tinha escrito um livro, O Diário de Um Mago, no qual relatava a minha peregrinação por um caminho do Norte de Espanha, que na altura estava praticamente esquecido. Para minha surpresa, o tema despertou uma grande curiosidade no leitor brasileiro, o livro vendia bem e isso implicava a possibilidade de publicar um texto novo. Tinha de aproveitar aquela oportunidade: escrever um livro não transforma ninguém em escritor. Tinha de seguir em frente para que o meu sonho continuasse vivo, para que o rio das palavras não deixasse de fluir.
Voltei a casa. Christina, a minha mulher, não disse nada. Sabia que eu estava a meio de uma tempestade tão forte quanto a que ameaçava cair a qualquer momento sobre a cidade do Rio de Janeiro. Depois de comer, cansado de não fazer nada, caí num sono profundo e sem sonhos. Quando acordei, o relógio marcava as sete da tarde. As televisões da vizinhança estavam ligadas e ouvia o bulício das famílias em casa, que se preparavam para jantar juntas, ver televisão e falar do seu dia. Sentindo-me um pouco culpado, voltei à mesa do escritório e sentei-me em frente à página em branco. Prometi a mim mesmo que ficaria ali pelo menos meia hora, mesmo que não fizesse nada. Lembrei-me de um verso de Fernando Pessoa: "O espelho reflecte certo; não erra porque não pensa."
É isso mesmo.
"Não posso pensar! Tenho de reagir e ser como um lago que reflecte o céu, sem dúvidas." Pus as mãos no teclado da Olivetti eléctrica, presente de um noivado que tinha acabado sem boda.
Queria contar tudo; queria compreender porque tinha adiado durante tanto tempo o meu grande sonho. Queria, sobretudo, demonstrar a mim mesmo que conseguia manter acesa essa chama.
"Como começar?"
Silêncio. Lá fora, o bulício da vida quotidiana parecia suspender-se na noite. Sem querer, ocorreu-me a imagem do mar revolto que tinha visto de manhã. Vi, ao longe, um ponto negro no horizonte, um barco que se preparava para partir, balançando nas ondas. Um homem levantava âncora, com esforço, e partia em busca da sua aventura. Era velho, mas os seus olhos brilhavam com um azul intenso. Reconheci-o.
Santiago.
O Velho e o Mar, de Hemingway.
Santiago!

Fase em que o Autor começou a escrever:
"O velho chamava-se Santiago." E, ao longo do livro, o autor não volta a mencionar nem uma única vez o nome do protagonista; pelo menos, era assim que eu o recordava.
Vi a primeira linha a desabrochar na página: "O rapaz chamava-se Santiago." E, nesse momento mágico, soube que havia um livro por detrás destas palavras simples.
Iria contar a história de outro eu, a história do pastor que sempre fui, embora nunca tenha tido ovelhas, só sonhos. Seria o espelho da minha vida a reflectir todos os obstáculos, todas as encruzilhadas, todos os erros daquele que decide partir em busca do seu tesouro.
Pouco a pouco, a vida deste rapaz foi-se desenhando, página a página, diante de mim. Não dei pelo passar das horas, madrugada fora; as horas transformaram-se em dias e, durante duas semanas, senti não só que me estava a submergir no passado, como também a dar um passo na direcção do futuro. Fui até à Andaluzia, a Tenerife... O vento do deserto roçava-me a pele, o perfume do oásis acolhia-me pela noite.
Que longo caminho percorri desde então! As palavras, as ideias, as recordações e as histórias foram as sendas que guiaram os meus passos. Diante desta página escrita, vejo parte desse caminho que tantas vezes percorri na minha imaginação.
E foi assim que o rapaz encontrou o rei e teve coragem para seguir em frente.
E foi assim que o meu destino se uniu ao seu. Tal como o pequeno barco do velho na sua luta contra o mar e os elementos, consegui resisitir aos ventos, às ondas e à imensidão da vida por ter compreendido perfeitamente uma frase do meu livro anterior: "O barco está em porto seguro. Mas não foi para isso que o barco foi construído."

20 anos depois:
E hoje, em frente a esta página na qual escrevo algumas palavras para celebrar os vinte anos da edição de O Alquimista, agradeço aos leitores, do fundo do coração. O pastor com o seu sonho atravessou fonteiras, descobriu novas línguas, cruzou oceanos. O pastor que eu era e que ainda sou. Em busca de um tesouro e compreendendo, ao mesmo tempo, que o caminho é tão importante quanto a meta a alcançar.
"Já vou, Fátima". Assim acaba o livro; com uma frase, uma pergunta no ar. Espero que consiga regressar ao seu destino, mas que antes desfrute de todos os portos, cidades, paisagens, desfios e encontros com que se deparará pelo caminho. Porque eu também caminho com ele e desejo que a nossa viagem seja longa e cheia de surpresas, cheia de aprendizagens.»

Paulo Coelho


quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Oprah Winfrey recomenda Um Novo Mundo de Eckhart Tolle

Oprah Winfrey anunciou com pompa e circunstância o livro escolhido para este mês para o Oprah's Book Club. Todos os meses a apresentadora de televisão norte-americana, considerada a mulher mais poderosa da televisão, selecciona para o seu clube literário um livro. Alguns dos títulos já recomendados foram a Anna Karenina, de Leão Tolstoi; A Estrada, de Cormac Maccarthy, entre outros. Agora, Oprah escolheu um livro que foi publicado pela Pergaminho em 2006, Um Novo Mundo, de Eckhart Tolle.

Na sequência do seu best-seller internacional O Poder do Agora, Eckhart Tolle apresenta aos leitores uma abordagem franca do estado presente da evolução espiritual da humanidade. O principal objectivo deste livro é, segundo o autor, dar origem a uma mudança, a um despertar. Isso implica uma profunda transformação interior, uma passagem do ego a uma forma totalmente nova de consciência. Ao longo das deste livro páginas, Tolle revela, com o seu estilo profundo mas acessível, os passos necessários para cada um de nós preparar tal transformação.

Eckhart Tolle nasceu na Alemanha, onde viveu até aos treze anos. Licenciou-se pela Universidade de Londres e trabalhou como investigador na Universidade de Cambridge. Aos vinte e nove anos, uma profunda transformação espiritual mudou radicalmente a sua vida. Nos anos que se seguiram dedicou-se a compreender, integrar e aprofundar essa transformação, que marcou o início de uma intensa caminhada interior. Nos últimos anos tem trabalhado como conselheiro e mestre espiritual a título particular e com pequenos grupos, tanto na Europa como nos Estados Unidos. Vive em Vancouver, no Canadá, desde 1996.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Paulo Coelho no I Fórum da Aliança de Civilizações

Paulo Coelho participará no I Fórum da Aliança das Civilizações, organizado pela ONU, que se celebrará em Madrid nos dias 15 e 16 de Janeiro, junto com líderes políticos e representantes da organismos internacionais e regionais, assim como da sociedade civil e fundações. O fórum destina-se a explorar formas de enfrentar o risco que representa, para a paz e segurança internacionais, a crescente polarização entre nações e culturas de todo o mundo, e a estudar o desenvolvimento de novas vias para o entendimento multicultural em escala global.
O I Fórum da Aliança de Civilizações foi concebido como um evento com um enfoque eminentemente prático, que proporcionará aos participantes uma plataforma internacional sem precedentes para colaborar no desenvolvimento de iniciativas conjuntas. Junto com a celebração de debates de alto nível sobre as tendências actuais das relações interculturais e inter-religiosas, o fórum contará também com sessões de trabalho orientadas para questões específicas nas quais serão analisadas novas iniciativas.
O fórum proporcionará também um espaço de convergência entre as agências governamentais, os organismos internacionais e os representantes da sociedade civil que trabalham e estão comprometidos com o diálogo intercultural e religioso, para que possam partilhar as suas melhores práticas e pôr em marcha plataformas de acção conjuntas.
Paulo Coelho participa no fórum como Mensageiro da Paz das Nações Unidas. O autor fará parte do parlamento do acto de encerramento, junto com Ali Babacan, Ministro turco dos Negócios Estrangeiros, o antigo Presidente Jorge Sampaio, Alto Representante da Aliança de Civilizações, e Miguel Angel Moratinos, Ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, entre outros representantes da sociedade civil.