segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Sites do Grupo Pergaminho ultrapassam a marca dos 20 000 visitantes em Novembro!

Disponibilizados ao público em Maio, os sites do Grupo Pergaminho SA, constituidos pela pergaminho.pt, bicodepena.pt, gestaoplusedicoes.pt, arteplural.pt e oquintoseloedicoes.pt, têm crescido em número de visitantes ao longo dos meses. Em Novembro, as visitas bateram todos os recordes, atingindo a marca dos 20 000. Com uma média de 800 visitas diárias, esperamos crescer em 2008 para uma média de 1000. Mas nada disto seria possível sem a contribuição fundamental dos nossos leitores que diariamente consultam os nossos sites. A Pergaminho agradece e deseja um feliz Natal e um bom Ano Novo para todos!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Paulo Coelho, Embaixador Europeu para o Diálogo

Em Outubro deste ano, o escritor Paulo Coelho foi nomeado Embaixador Europeu para o Diálogo Intercultural. A 4 de Dezembro fez o discurso de abertura na conferência de imprensa que lança o Ano Europeu do Diálogo Intercultural (2008). O evento teve lugar em Bruxelas, na sede da Comissão Europeia.
Para o escritor, o diálogo intercultural é um instrumento que pode ajudar os cidadãos europeus e todos os habitantes do espaço europeu a adquirirem conhecimento e capacidades para conviver num ambiente mais aberto e culturalmente rico, respeitando a diversidade cultural e os valores humanos que todos partilhamos.


Transcrição do Discurso de Paulo Coelho

Senhoras e senhores,
Estimado Senhor Comissário Jan Figel,
Estimados Senhores Embaixadores,

Como crescem as sociedades e as culturas? Como crescem as pessoas?
Como poderão os membros de uma sociedade e de uma cultura desenvolver-se e reavaliar os seus valores sem a cultura para lhes servir de espelho, de parceiro e até de professor? É difícil imaginar.
Uma sociedade sem interacção acaba por se isolar ou até, por assim dizer, por morrer. São o encontro e o diálogo com os outros que enriquecem e desafiam as nossas crenças e opiniões. Estes encontros permitem-nos crescer.
Hoje em dia, o mundo é mais pequeno e, no entanto, também se expandiu de vários modos. É corrente chamar-lhe «aldeia global». Vejo-me hoje, um cidadão brasileiro a fazer um discurso no edifício Berlaymont em Bruxelas, na companhia de embaixadores europeus de países tão diferentes, e parece-me ser a designação correcta – uma designação maravilhosa, se me permitem.
Embora tenhamos a sorte de desfrutar de todas as vantagens da vida numa aldeia global, devemos ainda lembrar-nos de que embora as nossas culturas sejam muito diferentes na forma como se manifestam, partilham, ainda assim, os mesmos valores. O diálogo intercultural tornou-se um elemento fundamental da nossa vida diária – não por sermos semelhantes, mas porque a arte permite a interacção entre pessoas diferentes. Quando vemos pontes importantes a desabar – pontes políticas, económicas e religiosas –, temos ainda a cultura para ajudar à compreensão.
A própria União Europeia tem assistido a mudanças que trouxeram consigo novos amigos, mas também novos desafios – o acréscimo de novos estados-membros, a migração no espaço europeu, a interacção com novas culturas dentro e fora da União Europeia. Estes desenvolvimentos tornaram o diálogo entre diferentes culturas, dentro do espaço europeu, mais importante do que nunca.
É por isso que nos reunimos aqui, hoje, para lançar o Ano Europeu do Diálogo Intercultural (2008), cujo objectivo é: promover o diálogo cultural como instrumento para auxiliar todos os cidadãos europeus e todos os habitantes do espaço europeu a adquirirem os conhecimentos e competências que lhes permitirão lidar com um ambiente cultural mais complexo e aberto; alertar a Europa para a importância do desenvolvimento de uma cidadania europeia activa, aberta ao mundo, tolerante relativamente à diversidade cultural e baseada em valores comuns; e especialmente encorajar os jovens cidadãos europeus a participarem activamente no diálogo com outras culturas, dentro e fora da União Europeia.
Eu e os meus estimados colegas embaixadores europeus estamos aqui presentes, hoje, para dar o rosto a esta maravilhosa iniciativa e para apoiá-la com a nossa experiência de viver em diferentes sociedades e de revelar a nossa cultura ao mundo. Não podemos esquecer que as pessoas são a força motriz, a essência da vida, o coração da cultura. Têm o poder de a fazer crescer e de a abrir a novos impulsos, novas perspectivas e, em última análise, a novos amigos. Porque o «outro» pode sempre tornar-se um amigo querido, quando aprendemos a aceitar as diferenças.
Muito obrigado.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Excerto:


Marc Levy


ISBN: 978-972-711-807-6
N.º de páginas: 272
Dimensões: 15 × 23
Preço c/ IVA: € 16,00

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«Yvonne aproveitava a calma da tarde para dar uma arrumadela ao seu stock na cave. Olhou para a caixa à sua frente. O Château-labegorce-zédé era o seu vinho preferido e guardava preciosamente as muito raras garrafas que possuía para grandes ocasiões. Mas desde há longos anos que não tinha grandes ocasiões para celebrar. Passou a mão sobre a fina camada de pó que cobria a madeira, rememorando com emoção a noite de Maio em que o Manchester United ganhara a Taça de Inglaterra. Sentiu de repente aquela dor no fundo do peito. Yvonne dobrou-se em duas, à procura do ar que subitamente lhe faltava. Apoiou-se à escada que subia para a sala e procurou os medicamentos na algibeira do avental. Os dedos entorpecidos tinham dificuldade em segurar o frasco. Com esforço, conseguiu fazer saltar a tampa, deitou três comprimidos na palma da mão e lançou-os para o fundo da garganta, inclinando a cabeça para trás para melhor engolir.
Esgotada por causa da dor, sentou-se no chão e esperou que o químico agisse. Se Deus não a quisesse hoje – disse para consigo –, o seu coração acalmaria dentro de alguns minutos e tudo estaria bem; tinha ainda muita coisa para fazer. Prometeu a si própria aceitar o próximo convite de John para ir ao Kent, enfim, se ele o renovasse depois de tantas recusas dela! Apesar do seu pudor, apesar das suas recusas, aquele homem fazia-lhe falta. Aliás, fazia-lhe falta a tal ponto que roçava a loucura. Seria então necessário que as pessoas se afastassem para se perceber o lugar que tinham nas nossas vidas?»

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Paulo Coelho nomeado Mensageiro da Paz pela ONU

Na sexta-feira, dia 21 de Setembro – o Dia Internacional da Paz – o Secretário-Geral das Nações Unidas Ban Ki-moon honrou o escritor brasileiro Paulo Coelho e S.A.R. a princesa Haya Bint Al Hussein da Jordânia nomeando-os Mensageiros da Paz das Nações Unidas. Vão juntar-se a quatro outros Mensageiros da Paz (indivíduos que possuem talentos internacionalmente reconhecidos nos campos da arte, literatura, música e desporto) na sua missão de ajudar a promover a consciência mundial dos ideais e actividades das Nações Unidas.
Paulo Coelho, o autor internacionalmente aclamado de O Alquimista, usa o seu apelo universal para ajudar os membros mais carenciados da sociedade brasileira através do Instituto Paulo Coelho, que fundou com a sua mulher Christina Oiticica. É também um defensor do multiculturalismo através do seu trabalho com a UNESCO como Conselheiro Especial para o Diálogo Intercultural e a Convergência Espiritual.
Paulo Coelho, activista político desde a sua juventude, continuará a promover o diálogo intercultural e a concentrar-se nas necessidades das crianças em todo o mundo enquanto Mensageiro da Paz. Paulo Coelho tem encantado os leitores de todo o mundo ao longo de vários anos e tem sido honrado com numerosos prémios pela sua obra, que se encontra traduzida para mais de 65 idiomas.
O Secretário-Geral da ONU justificou a sua escolha dizendo que «o talento de Paulo Coelho como escritor e a sua excepcional capacidade de tocar as vidas das pessoas, ultrapassando fronteiras e culturas, fazem dele um poderoso Mensageiro.»
Embora não possa comparecer às cerimónias do Dia Internacional da Paz devido a compromissos anteriores, Paulo Coelho disse sentir-se honrado com esta nomeação. «Aceito de bom grado esta responsabilidade e esforçar-me-ei por criar um futuro melhor para esta e as futuras gerações.»
Outros Mensageiros da Paz e as suas áreas de intervenção são: Jane Goodall (ambiente); Michael Douglas (desarmamento e paz e segurança); Yo-Yo Ma (juventude);e Elie Wiesel (direitos humanos e o holocausto). O tenor italiano Luciano Pavarotti foi um Mensageiro da Paz durante quase uma década até à sua morte em Modena, Itália, a 6 de Setembro de 2007. Michael Douglas, Jane Goodall e Elie Wiesel estarão presentes nas celebrações do Dia Internacional da Paz.

Links da notícia na imprensa portuguesa:

Diário Digital

Semanário Sol

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Imprensa - Dalai Lama em Lisboa

Dia 5:
«Terminou visita de Dalai Lama
Líder espiritual tibetano partiu para a Áustria

O líder espiritual tibetano, Dalai Lama, que hoje terminou uma visita de cinco dias a Portugal, partiu para a Áustria onde participará segunda-feira como convidado de honra num fórum internacional sobre «A procura do sentido da vida».
A visita de Dalai Lama à Áustria, onde visitará também um aldeia infantil SOS, já desencadeou um debate naquele país porque o Presidente da República, Heinz Fischer, não quer receber o Nobel da paz alegando «falta de tempo». No seu último dia em Lisboa, depois de cinco dias de visita, Dalai Lama falou para um plateia de dez mil pessoas numa conferência pública dedicada «Ao poder do bom coração» onde apelou à paz, ao diálogo entre as nações e à compaixão.»


16 de Setembro, Portugal Diário


«Dalai Lama, humano como nós

O Prémio Nobel da Paz esteve esta tarde no Pavilhão Atlântico. Nas bancadas da sala lisboeta, 10 mil pessoas ouviram-no falar de «paz», «compaixão» e «felicidade». O líder espiritual do Tibete fez questão ainda de explicar: «Sou como uma pessoa igual a vocês, mentalmente, emocionalmente, fisicamente. Sou simplesmente um ser humano».

O Pavilhão Atlântico costuma encher para receber estrelas da música do Pop e Rock mundial. Esta tarde, o Dalai Lama também conseguiu que 10 mil pessoas o fossem ver e ouvir à sala lisboeta. Muitos olham para ele como um profeta. Outros como um pacificador. Há quem vá mais além e o considere o «Buda Vivente». Mas o dono da gargalhada mais contagiosa do mundo das religiões disse que é apenas um de nós.
Uma hora antes do líder espiritual do Tibete entrar na maior sala de espectáculos da capital, o movimento em torno ao pavilhão era já intenso. Maria Brito, uma farmacêutica de 49 anos, explicava a razão de estar ali. «Não sou praticante, mas visitei recentemente a Tailândia e todo aquele misticismo e exotismo, a fé de pessoas e a comunhão com a natureza apelaram ao mais fundo do meu ser. Senti-me atraída por esta filosofia e prática de vida», disse ao PortugalDiário, considerando que a vinda do Dalai Lama é também uma «forma de recordar a questão do Tibete».
Cecília, de 28 anos, e Pedro, 25, também disseram ter «alguma afinidade com o Budismo». «O Dalai lama é quase um ídolo e tínhamos que vir hoje. A presença e energia dele é importante para a nossa caminhada», explicou ela. Com ambos a dizerem-se bem informados sobre os problemas que os tibetanos têm enfrentado, depois da invasão do território, em 1950, e do posterior exílio, em 1959, do seu líder espiritual, que actualmente reside em Dharamsala, na Índia.

«Sou simplesmente um ser humano»
Quem foi ao Atlântico à espera de escutar subtilezas místicas foi esclarecido logo ao início, pelo próprio Prémio Nobel da Paz, que não era disso que vinha falar. «Algumas pessoas vieram aqui com muitas expectativas. Isso é um erro. Eu não tenho nada para oferecer, só apenas alguns pensamentos. Há ainda algumas pessoas que acreditam que o Dalai Lama tem poderes mágicos. Isso é uma asneira. Alguns até acreditam que o Dalai Lama tem o poder de curar. Isso é um disparate», abriu assim a sua palestra o homem que se senta sempre que quer dizer coisas importantes.
O líder espiritual afirmou-se mesmo um céptico relativamente aos chamados milagres. «Devemos ser realistas, práticos», apelou, tratando de esclarecer que o qualificativo de Buda Vivente, que muitas vezes lhe é atribuído é errado. «Sou como uma pessoa igual a vocês, mentalmente, emocionalmente, fisicamente. Sou simplesmente um ser humano». E a gargalhada que se seguiu não o deixou mentir.

terapia da «compaixão»
O Ocidente, disse o Dalai Lama, descobriu os segredos do progresso material. Mas com o preço de um «vazio» que separa as pessoas da «felicidade» que não pode ser preenchido por nenhum tipo de solução técnica. O «stress, a solidão, a depressão» são os sintomas da «negligência» a que têm sido votados os «valores interiores», diagnosticou.
A perda de influência da religião e a desintegração dos núcleos familiares foram apontados como desagregadores de uma «educação» que levava as pessoas a estarem mais próximas da vida interior e como causadores do erosão que sofreu o «sentido da compaixão» - a palavra mais escutada da tarde.
Para o líder espiritual, a «compaixão», no seu sentido de «preocupação genuína pelos outros» é a resposta para uma vida que tem a felicidade como meta. «Mas isto é algo que exige treino» e uma educação para uma «ética secular», não no sentido de excluir as religiões, mas de incluir também os que não acreditam, defendeu.

«A paz não cai do céu»
A sua mensagem centrou-se também na questão da guerra e na resolução do problema do Tibete. Para o Dalai Lama, a paz exige um compromisso sério e a tomada de consciência da humanidade como um todo. «Não há o nosso planeta e o planeta dos outros», explicou, qualificando os conflitos como uma expressão de ódio que pode ser solucionado num duplo movimento de compromisso com «um desarmamento interior e de um desarmamento exterior». «A paz não cai do céu», concluiu.»


Hugo Beleza, 16 de Setembro, Portugal Diário

Dia 4:
«A luta da não violência


Sua Santidade o Dalai Lama não negoceia poder. De resto, ele recebeu-o de quem nunca viu, como reincarnação do anterior Dalai Lama, e sabe que nunca conhecerá o sucessor, que precisará que ele morra para poder nascer. Associar nestas circunstâncias poder espiritual e, de facto, poder temporal é completamente estranho. No entanto, ele sabe que existe um povo com séculos de identidade nacional à espera que se concretize o seu sonho de democracia e liberdade para o Tibete.

O Dalai Lama que esta semana fez uma visita de cinco dias a Portugal é uma personalidade tão estranha como fascinante. Em termos políticos, há quem o veja a par de Mahatma Gandhi, Martin Luther King e Nelson Mandela, mas ele interage com as pessoas de forma muito mais profunda. Ele age tanto na esfera política, como na social e na religiosa, em simultâneo com um poder inquestionável. Percebe-se o desespero de interlocutores como Mao Zedong, Chuen Lai e Deng Xiaoping quando em meados dos anos 50 o chamaram a Pequim para discutir o futuro do Tibete e pensaram arrebatar-lhe um compromisso. Impossível, porque ele é tudo, mesmo quando diz não querer nada.

Na base, Dalai Lama é símbolo de um poder teocrático como aqueles que, à semelhança dos ayatollah no Irão, se querem impor violentamente em muitos países muçulmanos. Mesmo com os princípios pacifistas, o seu restabelecimento no Tibete não deixaria, aliás, de colocar problemas. Seria, por exemplo, muito interessante verificar como numa sociedade aberta e tolerante vigorariam os rígidos princípios religiosos de castidade que, como afirmou numa entrevista à revista francesa ‘Le Point’, não permitem homossexualidade, nem sexo oral, nem sexo anal, nem sequer masturbação. Vingaria a repressão ou relativar-se-ia a castidade que marca o budismo, como de resto todas as outras religiões?

Prémio Nobel da Paz em 1989, o Dalai Lama é uma personalidade sem mácula. Assenta-lhe bem a deferência Sua Santidade. A sua presença é expressão de serenidade e tem efeito tranquilizador. Há, contudo, quem lhe aponte demasiado conservadorismo e algumas companhias com passado pouco recomendável. O professor alemão de ginástica que lhe ensinou como era o Ocidente e surge interpretado por Brad Pitt no filme ‘Sete Anos no Tibete’, de Jean-Jacques Annaud, era um nazi das SS, e na sua preferência pela Alemanha, entre os países europeus, multiplicam-se relações com personalidades de extrema-direita, nomeadamente o austríaco Jorg Haider, antigo governador da Carínthia e ex-ministro com passagem muito polémica pelo governo de Viena. No outro lado do Mundo, teve em tempos como grande dador de apoios financeiros o japonês Shoko Asahara, que perpetrou com a seita Aum um diabólico atentado com gás sarin no metro de Tóquio.

Nada de mal parece contudo pegar-se ao Dalai Lama que corre o Mundo a pregar a paz e a não violência como a única forma de luta capaz de derrubar uma tirania sem a substituir por outra. São nesse aspecto exemplares as propostas que repetidamente tem feito à China de Pequim para que haja democracia e liberdade no Tibete, de onde foi obrigado a fugir em 1959, sob a ameaça dos exércitos comunistas.O Dalai Lama, a quem os chineses tratam sempre por Tenzin Gyatso e fazem uma implacável perseguição diplomática, propõe-lhes um plano de paz assente no básico: Respeito pelos direitos humanos e a democracia; eleição de um governo democrático nas três províncias do país; administração estatal em cooperação com a China que continuaria responsável pelos assuntos de Negócios Estrangeiros e Defesa.»

João Vaz, 15 de Setembro, Correio da Manhã

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Imprensa - Dalai Lama em Lisboa

Dia 3:
«Dalai Lama, o velho "marxista" do Tibete

Tenzin Gyatso, mais conhecido por ser o 14.º Dalai Lama, assumiu-se ontem, com alguma ironia à mistura, como um "velho marxista". A tirada do Dalai Lama surgiu no fim de duas audiências na Assembleia da República, onde foi recebido por Jaime Gama e também pela Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros. Como os jornalistas queriam saber se tinha trocado algumas palavras com o deputado do PCP, Jorge Machado, que integra aquela comissão e que resolveu estar presente, o Dalai Lama descreveu assim a troca de palavras no encontro: "Bom, eu disse-lhe que ele é um comunista muito jovem. Eu sou um velho marxista, ele é um novo marxista."Já o próprio Jorge Machado diria aos jornalistas que se tratou de "um encontro normal com uma entidade religiosa. O Dalai Lama foi recebido enquanto líder religioso". Aliás, a atitude de ignorar que o monge budista tibetano é visto em muitos meios como um líder político foi a palavra de ordem em todas as bancadas.De resto, o Dalai Lama garantiu estar "muito feliz" por ter sido recebido na AR, tendo levado a delicada questão do Tibete aos encontros que manteve, sobretudo com a comissão liderada por José Luís Arnaut. Nessa reunião, adiantou à saída, falou-se dos problemas do Tibete: "Não estamos à procura da independência, devemos ter uma autonomia significativa", disse o líder espiritual do Tibete, no exílio desde 1959, altura em que a China comunista invadiu aquele pequeno Estado teocrático.Salientando a delicadeza da questão, o Dalai Lama disse a páginas tantas que "a causa do Tibete é muito complicada porque a China é o país mais populoso do mundo". Mesmo assim garantiu que o Tibete pode tirar "benefícios" da actual situação para o seu futuro. Nas audiências que manteve com o presidente da AR e com os deputados, o Dalai Lama transmitiu uma mensagem de harmonia, até do ponto de vista religioso. Com Jaime Gama manteve uma conversa de mais de uma hora, onde entregou uma kata, um lenço branco de seda suave que tem um simbolismo próprio e auspicioso. Significa que a conversa não começa com pensamentos "corruptos" ou maus motivos. O lama chegou aos Passos Perdidos à hora prevista, cheio de segurança, com alguns monges que trajavam de igual ao seu chefe espiritual (vestes bordeaux e laranja) e acompanhado pelo chefe de gabinete de Gama, Eduardo Âmbar. Discreto e simpático, presenteou o líder da AR com dois livros seus, um dos quais sobre a visita de 2001, a tal em que não foi recebido por nenhum órgão de soberania. À mesma hora da visita de ontem, um grupo de turistas orientais visitavam a AR. Mas eram sul-coreanos e não chineses...»

Francisco Almeida Leite, Diário de Notícias, 14 de Setembro de 2007


Dia 2:
«Dalai Lama: Mais de mil pessoas no 1º dia de ensinamentos

Mais de mil pessoas encheram hoje o auditório da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa para ouvir o líder espiritual tibetano Dalai Lama no primeiro de três dias de ensinamentos budistas dedicados ao Desenvolvimento da Paz Interior. Dalai Lama, prémio Nobel da Paz e líder espiritual tibetano, está em Lisboa desde quarta-feira para uma visita que inclui três dias de ensinamentos, uma conferência pública e encontros com deputados portugueses e com o presidente da Assembleia da República. A agenda de Dalai Lama, prémio Nobel da Paz em 1989, inclui ainda um encontro sexta-feira com o Alto Representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, Jorge Sampaio. Dalai Lama desloca-se a Portugal a convite de várias instituições, como a Casa da Cultura do Tibete, Fundação Kangyur Rinpoche, União Budista Portuguesa e Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa. Segundo a organização, os fundos obtidos servirão para suportar os dois eventos, no entanto, caso de o número de participantes exceder as expectativas, os ganhos adicionais obtidos após saldar todos os custos serão distribuídos a obras humanitárias, por indicação de Sua Santidade.
Hoje, na faculdade de Medicina Dentária, Dalai Lama tinha à sua espera uma plateia com cerca de 1.400 pessoas, entre budistas e não budistas, que o ouviram falar da importância dos ensinamentos das religiões, indicando que todas têm o mesmo objectivo de promover o perdão e a tolerância.
Segundo o líder espiritual tibetano, poderão existir diferentes métodos, mas todas se dedicam a ajudar os outros e a fortalecer os valores humanos. As diferentes religiões, explicou, são uma espécie de diferentes medicamentos, mas com o mesmo objectivo, curar doenças.
Se alguém tenciona mudar de fé, aconselhou, deve faze-lo depois de muito estudo e ponderação.
Dalai Lama defende que é mais seguro manter a tradição, não mudando de fé, porque esta mudança pode causar algumas confusões a nível individual, podendo mesmo não ser saudável.
No entanto, se não se tiver interesse pela religião de origem optando por uma outra, o Nobel da Paz lembra que o respeito pela tradição deve ser sempre mantido.
«Não devemos nunca perder o respeito pela nossa tradição, mesmo quando a abandonamos», disse.
Os ensinamentos decorrem até sábado em Lisboa, estando ainda prevista para domingo uma Conferência Pública com o tema «O Poder do Bom Coração», no Pavilhão Atlântico
Para sexta-feira está previsto um encontro com o Alto Representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, Jorge Sampaio, assim como uma recepção oferecida pelo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa. No decorrer da visita a Portugal, o Dalai Lama também manterá encontros com entidades estrangeiras como Philippe Douste-Blazy, Conselheiro do Presidente francês Sarkozy, e com Louis Charles Viosa, Embaixador da França para o fenómeno da SIDA.
O 14.º Dalai Lama, Tenzin Gyatso, galardoado em 1989 com o Nobel da Paz, visitou pela primeira vez Portugal em Novembro de 2001, tendo estado em Lisboa, no Porto e no Santuário de Fátima.

Nascido em 1935 no nordeste do Tibete, o Dalai Lama vive no exílio em Dharamsala, no norte da Índia, desde que fugiu do país em 1959, depois da invasão.»

Diário Digital/Lusa, 13 de Setembro de 2007

Dia 1:
Dalai Lama: «Esta não é uma visita política»

Dalai Lama desvalorizou polémica sobre recusa do Governo português em recebê-lo. Líder espiritual do Tibete disse que não pretende criar «embaraços». Na sua mensagem, apelou à paz, pediu uma «autonomia» tibetana autêntica» e sugeriu o diálogo com Bin Laden.

O 14º Dalai Lama já está em Lisboa para vários dias de visita cujo objectivo é, segundo explicou, a promoção de «valores humanos e da harmonia religiosa». Dias antes da sua vinda, instalou-se a polémica, por não ser recebido pelo Governo português. Na primeira conferência de imprensa dada em Lisboa, o líder espiritual tibetano e Prémio Nobel da Paz desfez qualquer controvérsia: «Esta não uma visita política». Tenzin Gyatso falou ainda no desejo de uma «autonomia genuína» do Tibete, do drama de Darfur e sugeriu o diálogo com Bin Laden.
Para aquele que é para muitos um símbolo de paz e concórdia, o facto de não ter honras de Estado é vista «sem problemas». «Onde vou, não quero criar embaraços», explicou. «Quero promover os valores humanos e a harmonia religiosa. E os governos em relação a isto podem fazer muito pouco», frisou.
Não deixando qualquer dúvida sobre a sua posição, o Dalai Lama explicou o assunto aos jornalistas que esperavam por ele num hotel da capital e a um grupo de convidados entre os quais se encontravam o socialista Vera Jardim, o frade dominicano Frei Bento Domingues, o líder da comunidade islâmica portuguesa, Abdool Karim Vakil, o ex-presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, e o realizador Manoel de Oliveira. «A minha visita não tem nada a ver com o Governo. Esta não é uma visita política», esclareceu.

O desejo de uma «autonomia genuína»
Com um humor contagiante, Tenzin Gyatso acolheu de forma descontraída, durante cerca de 40 minutos, as questões dos jornalistas. Segundo explicou, as suas visitas por todo o globo - que o tornaram um ícone político do Tibete -, têm uma finalidade espiritual. «Depois, depois sei lá...», atirou para o registo dos repórteres, antes de uma gargalhada.
A insistência em falar no problema político do Tibete - do qual se encontra exilado desde 1959 depois da invasão chinesa - veio da assembleia. «Não estamos a pedir a independência, mas uma autonomia genuína, tal como prevê a constituição da China», esclareceu, apontando que a sua terra natal vive uma situação única sob o regime de Pequim pois este, referiu, não «contempla os direitos de 6 milhões de tibetanos».
Tenzin Gyatso disse que o move a missão de inverter a ameaça à cultura milenar do território, à sua língua, à sua espiritualidade e até ao seu meio ambiente. Realçou que os tibetanos se tornaram uma «minoria» na sua terra, devido a uma política de colonização chinesa. «A minoria tibetana no seu dia-a-dia tem que falar chinês, porque a língua oficial é chinesa», frisou, apontando que o budismo é encarado como uma «ameaça separatista».
O crescimento económico chinês, reconhece, fez desaparecer a «fome». Mas a pressão economicista está também na origem da «desflorestação» do território e a afectar os seus ecossistemas.

Diálogo com Bin Laden
Num apelo pouco vulgar, Dalai Lama pediu que o diálogo relativamente à paz mundial seja levado às últimas consequências, inclusivamente com grupos terroristas. O líder espiritual chegou mesmo a nomear um nome «proibido» na diplomacia: «Bin Laden». «Encontrem-se com ele, ouçam as suas queixas, as suas razões. Se houver de alguma forma um compromisso, muito bem. Se não, pelo menos é melhor entender qual o seu ponto de vista». Para o Prémio Nobel da Paz de 1989, a «não-violência não significa descompromisso, mas compromisso total».
O tema do Darfur - introduzido por um jornalista - deu o mote para uma denúncia: «É uma grande tragédia a que estamos a assistir», disse o Dalai Lama, apontando o dedo à falta de empenho dos governos mundiais para a resolver. «Penso que as ONG podem fazer mais do que os governantes», defendeu, recordando a mobilização internacional para assistir as vítimas do tsunami do Índico, em 2004. Tenzin Gyatso quis ainda deixar uma mensagem em defesa da «desmilitarização» como a única forma de garantir a paz de forma sustentada a nível mundial. «Uma bala não serve para comer, mas para matar».

Hugo Beleza, Portugal Diário, 13 de Setembro de 2007


Livro de Sua Santidade, o Dalai Lama, publicado este mês:


O Sentido da Vida

Dalai Lama

Org. de Jeffrey Hopkins

As palavras de sabedoria de Sua Santidade, o Dalai Lama, reunidas em mais um livro para ler da primeira à última página!


sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Press Release:

Bruxa 2.0

Paulo Coelho adaptará ao cinema o seu mais recente livro, A Bruxa de Portobello, com 15 realizadores escolhidos na Internet.

A interactividade da Net ultrapassa as fronteiras do mundo virtual. O escritor e compositor Paulo Coelho adaptará ao cinema o seu mais recente livro, A Bruxa de Portobello. Escolherá, através da Internet, os vídeos de 15 cibernautas de todo o mundo; cada um contará uma parte da história. As inscrições são feitas através do blog de Paulo Coelho:
http://paulocoelhoblog.com/experimental-witch/
Cada realizador deverá filmar a partir do ponto de vista de um dos narradores, tal como acontece no livro. Paulo e a sua equipa analisarão o material recebido e montarão um só filme, que poderá vir a ser exibido em festivais de cinema. Os vencedores do concurso receberão um prémio no valor de € 3000,00 (os realizadores) e € 1500,00 (os compositores). «Vamos tentar distribuir o filme de forma convencional, nas salas de cinema», diz Paulo Coelho.
«Esta é uma oportunidade de explorar a tecnologia para fazer arte», continua. «A personagem principal, Athena, acabará por ser interpretada por várias actrizes. Poderá ser morena, na visão de um dos personagens/ realizadores, e loura na de outro. Esta variedade reflecte a proposta do livro, no qual a mesma história é contada através de diversos olhares».
Será uma escolha difícil para o autor e a sua equipa, já que podem inscrever-se até 200 pessoas como potenciais realizadores para cada personagem. «Será muito trabalhoso, mas creio que o resultado final compensará o esforço. É uma oportunidade única para mim, pois poderei ver a minha obra de forma plural. E os realizadores também ganharão visibilidade com a exibição do filme», explica o escritor. Para participar, os candidatos deverão aceder ao site
http://paulocoelhoblog.com/experimental-witch/ e inscrever-se, indicando qual a personagem que escolhem como narrador. O candidato receberá um e-mail a confirmar a inscrição e o procedimento a seguir para enviar o filme, que poderá ser gravado em português, inglês, espanhol ou francês. As inscrições terminam a 19 de Março de 2008 e os vencedores serão anunciados a 25 de Julho de 2008.

O livro:

Quem era Athena? Como qualquer um de nós, Athena era uma multiplicidade de pessoas: filha e mãe extremosa, profissional dedicada, mulher desiludida com o amor, mulher apaixonada. Para alguns daqueles que a conheceram melhor, Athena era uma pessoa em busca de respostas; para outros, apenas uma charlatã que se aproveitava do sofrimento dos outros – uma bruxa. Quem era esta mulher que, em criança, dizia ter visões proféticas, em adulta dançava até entrar em transe místico? Paulo Coelho conta, neste romance cativante e surpreendente, a história de uma mulher única, pela voz daqueles que a conheceram e que a acompanharam nas etapas mais marcantes da sua vida. Ler os três primeiros capítulos.


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Apresentação dos 15 narradores, cada um com a sua visão particular de Athena:

1.Heron Ryan, 44 anos, um jornalista céptico que procura desmistificar a magia e a bruxaria, e cujo encontro com Athena tem um impacto significativo no modo como vê o mundo;

2. Andrea McCain, 32 anos, uma actriz de teatro sucumbida pela descoberta do que o poder da sedução é capaz de fazer;

3. Deidre O’Neill, 37 anos, médica, conhecida como Edda, mestra de Athena;

4. Lella Zainab, 64 anos, a numeróloga que analisa a carta de Athena;

5. Samira R. Khalil, 57 anos, dona de casa, mãe de Athena, que conta as suas verdadeiras origens;

6. Lukás Jessen-Petersen, 32 anos, engenheiro, ex-marido, o primeiro amor de Athena;

7. Padre Giancarlo Fontana, 72 anos, o padre que celebrou o casamento e redescobriu o divino no seu encontro com Athena;

8. Pavel Podbieslki, 57 anos
, proprietário do apartamento onde o casal vivia e que mostra a Athena um novo sentido para a vida;

9. Peter Sherney, 47 anos, director-geral de uma filial do Bank of (eliminado) em Holland Park, Londres, que procura descobrir o segredo do sucesso de Athena;

10. Nabil Alaihi, idade desconhecida, beduíno;

11. Vosho «Bushalo», 65 anos, dono de um restaurante, homem que poderá conduzi-la à descoberta das suas verdadeiras origens;

12. Liliana, costureira, idade e sobrenome desconhecidos, uma mulher misteriosa que assistiu ao nascimento de Athena;

13. Antoine Locadour, 74 anos, historiador, I.C.P., França;

14. Um jornal londrino, 24 de Agosto de 1994;

15. Misterioso detective da Scotland Yard.

Críticas de Imprensa:
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«É a abordagem de Paulo Coelho da vida como uma viagem espiritual, ajudada por augúrios, que inspira a verdadeira devoção dos seus fãs. Um grande escritor e um homem fascinante.»
The Guardian, Reino Unido
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«A força de Paulo Coelho radica, sem dúvida alguma, na sua linguagem simples, clara e pura. Não interpretem mal: não há nada mais difícil do que ser simples, claro e puro.»
Le Nouvel Observateur, França
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«[Paulo Coelho] cria, com uma eficácia notável, uma atmosfera de romance de iniciação que, numa via esotérica, levanta questões fundamentais.»
Diário de Notícias, Portugal

Vídeo:

Paulo Coelho revela alguns segredos sobre «A Bruxa de Portobello»:


quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Imprensa:

«Meditações do OSHO

Olhar para dentro de nós

Depois de terem vivido na comunidade de Osho, na Índia, Nartan e Harida encontraram no Alentejo um espaço onde o silêncio e a natureza casam na perfeição. A vontade de desenvolver as meditações activas de Osho que experienciaram na Índia, fez com que o casal transportasse a energia que lá absorveram. Em busca da paz e do silêncio – um silêncio que, segundo Osho, soa tão alto como a música – até conseguimos olhar para dentro de nós próprios.

Texto Ana Carina Simões
Foto Marco Brito


Nos últimos tempos, têm sido publicados em Portugal muitos livros do Osho. Podemos vê-los nas livrarias, até mesmo nos aeroportos ou nas estações de serviço. As pessoas têm-se mostrado interessadas nesse trabalho. Qual é a vossa experiência neste sentido?
Sim, temo-nos surpreendido com a quantidade de pessoas que conhecem os livros de Osho e que ficam interessadas nas suas meditações e querem conhecer como é que foi para nós viver na sua presença.

Estiveram envolvidos com Osho durante quanto tempo?
Nós fomos para a Índia em 1978/79 e ficámos na comunidade de Osho, em Puna, durante alguns anos. A nossa vida, naquela altura, estava focada na meditação. Osho dava palestras durante as manhãs e darshans à noite.
Toda a comunidade (naquele tempo, eram cerca de 5000 pessoas de todo o mundo), sentava-se em silêncio durante aquelas horas, enquanto ele respondia às nossas questões sobre meditação e assuntos espirituais.
Para nós, esses encontros eram a parte mais importante do dia. A comunidade fez parte da nossa meditação. Fazíamos as meditações activas de Osho e começávamos o dia com a Dinâmica, provavelmente a mais transformadora que ele criou.

Que tipo de meditação é a meditação Dinâmica?
Osho costumava dizer que queria trazer a meditação para o século XX. O homem moderno de hoje não é capaz de se sentar em silêncio. As pessoas costumavam estar mais ligadas ao seu corpo, viviam do coração. Hoje em dia, a nossa energia deslocou-se em grande parte para a mente, estamos demasiado ocupados, é difícil relaxar. A meditação Dinâmica é muito física – inclui respirações fortes irregulares, que ajudam a libertar a tensão acumulada nos nossos corpos, e ajudam à expressão destas emoções reprimidas.
Nos primeiros dias de meditação, a pessoa pode sentir algum cansaço muscular, mas depois torna-se bastante libertador e rejuvenesce.

Neste momento, estão a promover retiros de meditação do Osho no vosso espaço?
Nós começámos com estes retiros no Verão passado, algo que sempre quisemos fazer, desde que nos mudámos para a nossa casa em Portugal, em 1999. O local é ideal – são 30 hectares de natureza virgem, nas colinas do Alentejo, sem vizinhança próxima – um espaço íntimo bastante protegido. Para nós, desenvolver estas actividades traz-nos a mesma energia que experienciámos quando vivemos na comunidade Osho. É bastante saudável. Quando toda a gente se liberta para as meditações, cria-se uma grande abertura, uma grande energia curativa, uma grande ligação com o próprio e com os outros.

Como são esses retiros?
Durante os retiros de três dias fazemos cerca de seis meditações activas de Osho por dia. Fazemos algumas meditações todos os dias, como a Dinâmica, a Kundalini, e a Nadabrahma. Outras, fazemos só uma vez durante o retiro, para que possamos introduzir diferentes técnicas, permitindo assim que a pessoa possa continuar em casa aquelas que acha mais adequadas para si. Normalmente fazemos um Satsang de manhã, uma comunhão com o mestre, meditação com música era o mais parecido com o silêncio e usava-a para nos levar até à meditação.
Os retiros são uma excelente aproximação para estas técnicas e uma excelente experiência para as pessoas meditarem em conjunto. O nosso princípio é simples: fazemos meditações num espaço ao ar livre, onde podemos estar tão perto da natureza, que se torna muito fácil olharmos para dentro de nós.

Quem costuma frequentar estes retiros?
A maioria das pessoas leu alguns livros sobre Osho e fica curiosa em relação à meditação. Outros viveram com Osho e querem aprofundar a sua meditação neste espaço silencioso. Vêm pessoas de todas as idades – dos 20 aos 70 anos. Quando uma pessoa se permite a si mesmo ser aberta, a idade não importa. Todos nós temos experiências diferentes, com 50 anos, provavelmente já acumulámos mais tensão nos nossos corpos, do que com 20. Mas independentemente da idade, todos sentem a mesma alegria quando a tensão é libertada.

Como é o feedback dos participantes?
Sentem-se mais centrados, mais vivos, mais apaixonados com eles próprios. Alguém disse sentir um grande alívio por se ter libertado das suas máscaras, estando num espaço onde pode ser ele próprio – “Não sabia que a meditação era tão alegre”.

Para se estar apto a participar; é necessário saber alguma coisa sobre meditação?
Não. Essa é uma das grandes particularidades destas meditações activas – qualquer pessoa pode praticá-las, uma vez que não é preciso aprender posturas difíceis. A única coisa que é necessária é que as pessoas participem por inteiro, mesmo que sejam cépticas. Se experimentarem as diferentes técnicas ao longo de três dias, a pessoa experiencia um espaço de silêncio, há uma mudança na sua energia. Estamos habituados a olhar para fora – aqui, é o princípio para olharmos para dentro.»

Revista Natural, Agosto de 2007

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Como deixar um comentário!

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sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Paulo Coelho e a HP


Imprensa:

Paulo Coelho no Guiness



Paulo Coelho, o célebre autor de O Alquimista, detém o recorde do maior número de traduções autografadas numa só sessão: 53 edições de O Alquimista, cada uma traduzida para uma língua diferente. Este feito foi devidamente registado pelo Guiness World Records na Feira de Frankfurt de 2003, mas só agora foi validado.


quinta-feira, 26 de julho de 2007

Livro da Pergaminho entre os 25 melhores dos últimos 25 anos

A rede britânica de livrarias Waterstone's lançou recentemente um concurso para eleger os 25 melhores livros dos últimos 25 anos, no âmbito das comemorações do seu 25.º aniversário. De entre 100 títulos apresentados, o público votou e escolheu os seus favoritos e agora a Waterstone's apresenta a lista, onde consta um livro publicado pela Pergaminho: As Cinco Pessoas que Encontramos no Céu, de Mitch Albom. Trata-se do primeiro romance deste autor, um best-seller internacional com milhões de livros vendidos, que ocupou os primeiros lugares da lista de best-sellers do New York Times durante quatro anos consecutivos.

Ver lista completa



As Cinco Pessoas Que Encontramos no Céu
Mitch Albom

ISBN: 978-972-711-587-7
N.º de páginas: 168
Dimensões: 15 × 23
Preço c/ IVA: € 12,00
Ano de Edição: 2004



Sinopse:

A vida parece não ter qualquer sentido para Eddie, 83 anos, um veterano da Segunda Guerra Mundial. Trabalha ainda como responsável de manutenção num parque de diversões, assolado por uma profunda sensação de solidão e de arrependimento por não ter vivido mais intensamente. Mas é no dia do seu 83.º aniversário que Eddie morre num acidente trágico, ao salvar a vida a uma criança. A última coisa que sente são duas mãozinhas a segurar as suas – e depois um imenso silêncio. É então que Eddie desperta no Céu. Extraordinariamente, estão à sua espera cinco pessoas – umas são perfeitos desconhecidos, outras são-lhe muito próximas. Cada uma destas pessoas fez parte da vida de Eddie por uma razão especial, embora ele não o compreendesse na altura. Através destas cinco pessoas, Eddie vai descobrir as ligações invisíveis que constituíram o padrão da sua vida. Será que os 83 anos que passou na Terra foram mesmo insignificantes ou tiveram, na realidade, algum sentido?

terça-feira, 17 de julho de 2007


Lançamento!

A FNAC e a Editora Pergaminho têm o prazer de convidar V. Ex.ª para o lançamento do livro Tratado das Esferas, com os autores Helena Avelar e Luís Ribeiro, na FNAC do Cascaishopping, quinta-feira, dia 26 de Julho, às 21h30.



Tratado das Esferas

ISBN: 978-972-711-779-1
N.º de páginas: 528
Dimensões: 15 × 23
Preço c/ IVA: € 28,00
Ano de Edição: 2007





Sinopse:

Este é o primeiro livro inteiramente dedicado à Tradição Astrológica em língua portuguesa e escrito em função das necessidades pedagógicas dos estudantes actuais. Escrito por astrólogos profissionais e dirigido aos que procuram verdadeiramente compreender a Astrologia, é inovador a vários níveis. Pelo seu carácter basilar, este livro revela-se adequado a estudantes de todos os níveis de conhecimento: os principiantes encontrarão neste livro os princípios fundamentais da Arte, devidamente organizados e explicados; os alunos avançados e os praticantes terão nele um guia de referência que lhes permitirá estruturar os seus conhecimentos; os investigadores encontrarão nesta obra um guia para o estudo de documentação de teor astrológico.


Sobre os Autores:

Helena Avelar nasceu em Lisboa, em 1964. Depois de uma carreira de 10 anos no Jornalismo, optou por dedicar-se à prática profissional da Astrologia – actividade que exerce a tempo inteiro desde 1996. Começou a ensinar Astrologia em 1999, ano em que fundou, com Luís Ribeiro, a Academia de Estudos Astrológicos. Dá também palestras e seminários, e escreve artigos para publicações especializadas europeias e norte-americanas. Desenvolve ainda trabalhos de investigação em diversas áreas relacionadas com Astrologia. Os seus estudos astrológicos incluem, para além da vertente tradicional, a Astrologia Medieval (com Robert Zoller), a Astrologia Horária (com Susan Ward) e a Psicologia Astrológica (Método Huber). Através do ensino e da pesquisa procura contribuir para uma maior clareza, responsabilidade e profissionalismo na Astrologia.

Luís Ribeiro nasceu em Setúbal, em 1974. Frequentou os cursos de Química e Geologia da Faculdade de Ciências. Iniciou os seus estudos de Astrologia em 1991. O seu percurso inclui Astrologia Medieval (Diploma com Robert Zoller), Psicologia Astrológica, Astrologia Mundana e Astrologia Esotérica. Faz consultas de aconselhamento astrológico, palestras e workshops e escreve regularmente artigos especializados. Dá aulas de Astrologia e Esoterismo desde 1995, tendo leccionado em Inglaterra, Suíça, Alemanha e Estados Unidos. Em 1999 fundou, com Helena Avelar, a Academia de Estudos Astrológicos.

Setembro: Marc Levy em Portugal!

[Por motivos de força maior, a visita do autor Marc Levy fica adiada para meados do próximo ano.]


Se é fã de Sete Dias para a Eternidade e de E Se Fosse Verdade (recentemente adaptado ao cinema, com Reese Witherspoon e Mark Ruffalo nos principais papéis), então não poderá perder a oportunidade de conhecer o autor, Marc Levy, e de assistir ao lançamento da versão portuguesa do seu novo best-seller Meus Amigos, Meus Amores, editado pela Pergaminho. Marc Levy estará em Portugal, de 6 a 7 de Setembro, e a sessão ocorrerá na Mediateca do Instituto Franco-Português, na Av. Luís Bivar, em Lisboa. A visita do autor será também marcada por encontros com a imprensa, com a realização de entrevistas nos vários meios de comunicação.


Meus Amigos, Meus Amores

Mathias e Antoine são melhores amigos e ambos pais solteiros. Quando Mathias se muda de Paris para South Kensington, ele e Antoine encontram a solução perfeita para criarem os filhos num ambiente de família: viver juntos. Esta família alternativa, composta de dois solteiros trintões e dos seus dois filhos, tem todas as vantagens imagináveis: dividem-se as tarefas domésticas, as crianças nunca estão sozinhas e nunca lhes falta atenção, e há sempre companhia para as noites de fim-de-semana. Só existem duas regras: nunca recorrer a baby-sitters e nunca levar namoradas para casa. Mas, como todas as famílias, esta não está isenta de tensão. Sobretudo quando Mathias se começa a mostrar muito interessado em Audrey, uma bela e ambiciosa repórter que um dia entra na sua livraria, ao acaso… Povoado por personagens inesquecíveis, Meus Amigos, Meus Amores é um retrato enternecedor da vida contemporânea e mais um triunfo do autor francês de maior sucesso dos nossos dias.

Críticas de Imprensa:

«A prosa de Levy é evocativa, vivaz, directa, divertida e comovente.»
Le Progrès

«Uma comédia muito romântica, uma mistura entre Notting Hill e Três Homens e um Bebé

Telé 7 Jours

«Um livro cheio de reviravoltas inesperadas, de ternura e da magia do quotidiano.»
La Culture



Sobre o Autor:


Marc Levy nasceu a 16 de Outubro de 1961, em França. Aos dezoito anos ingressou na Cruz Vermelha, onde esteve seis anos. Todos os seus livros são grandes sucessos de vendas, que contam já com milhões de exemplares vendidos em mais de trinta países. Mas este autor não é só um favorito entre os leitores de todo o mundo, também a crítica tem reconhecido o seu talento excepcional como contador de histórias originais, provocantes e sempre comoventes. Quando não está a escrever, Marc Levy dedica-se à sua segunda grande paixão: o cinema. Realizou a sua primeira curta-metragem para a Amnistia Internacional, é autor de dois guiões e tenciona realizar em breve a sua primeira longa-metragem. Vive em Londres com o seu filho, Louis.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Setembro de 2007: Dalai Lama em Portugal!

Sua Santidade, o Dalai Lama, estará de visita a Portugal, de 13 a 16 de Setembro, para uma Conferência, e três dias de Ensinamentos. O evento, organizado pela Fundação Kangyur Rinpoché, pela Songtsen – Casa da Cultura do Tibete, pela União Budista Portuguesa e pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, contará com uma ampla cobertura mediática. Durante três dias (13, 14 e 15 de Setembro), realizar-se-ão sessões de Ensinamentos sobre o «Desenvolvimento da Paz Interior», no Auditório da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa. No dia 16 de Setembro, Sua Santidade dará uma Conferência Pública sobre o tema «O Poder do Bom Coração», entre as 15 e as 17 horas, no Pavilhão Atlântico.
Sua Santidade, o Dalai Lama é mais do que o dirigente espiritual dos tibetanos. Ele é também um embaixador da paz, tendo sido laureado com o Prémio Nobel da Paz, em 1989, pelos seus esforços para alcançar uma solução não violenta para o Tibete, a sofrer as consequências da ocupação chinesa, que teve lugar a partir de 1949 e que levou, dez anos mais tarde, Sua Santidade, o Dalai Lama, a abandonar o seu país e a exilar-se na Índia. Desde então, Sua Santidade tem viajado por todo o mundo, um total de 52 países, onde se encontra com vários líderes religiosos e políticos, na tentativa de resolver a questão tibetana, bem como outros conflitos que assolam o mundo, além de lutar pela defesa dos direitos humanos e pela consciencialização ambiental.
Já em 2001, Sua Santidade, o Dalai Lama, havia estado em Portugal, para um ciclo de conferências, no Porto, em Coimbra e em Lisboa. Milhares de pessoas ouviram o Dalai Lama em Santa Maria da Feira, no Porto, onde o Nobel da Paz chamou a atenção para a importância da aprendizagem do exercício prático da compaixão e do cultivo da sabedoria e do bom coração. No ano em que se repete a sua visita ao nosso país, recordamos as suas palavras: «Os benefícios de desenvolver qualidades como o amor, a compaixão, a generosidade e a paciência não estão apenas confinados a um nível pessoal; eles estendem-se a todos os seres sensíveis e até à manutenção da harmonia com o meio ambiente.» (
http://www.casadaculturadotibete.org/pensamento.html)

Para mais informações consultar o site:
http://www.dalailamalisboa2007.com

A assinalar a vinda de Sua Santidade a Portugal, editamos em Setembro O Sentido da Vida, onde se poderá ler no Prefácio, de Jeffrey Hopkins: «Porque estamos na situação em que estamos? Para onde vamos? Como viver a nossa vida? A vida tem algum sentido? Na Primavera de 1984, Sua Santidade o Dalai Lama, Prémio Nobel da Paz de 1989, abordou, numa perspectiva budista, este tipo de questões numa série de palestras proferidas no Camden Hall, em Londres. Em cinco sessões, ao longo de três dias, o Dalai Lama apresentou a visão fundamental budista do mundo: o modo como o Budismo vê a situação dos seres no mundo e como os seres humanos podem tornar as suas vidas significativas. Estas palestras debruçam-se sobre o significado da vida, destacando as causas que estão por trás da nossa situação bem como o objectivo altruísta que a vida pode servir. Dirigindo-se essencialmente a uma audiência budista, estas palestras clarificam uma visão da cosmologia psíquica interior que teve muita influência em toda a Ásia. Da descrição clara do modo como fomos aprisionados por um vão turbilhão de sofrimento, emerge o sentido de como os budistas se situam no Universo. A inquietante descrição das várias etapas da armadilha em que caímos é, na verdade, um apelo à acção, uma vez que nos mostra como, através da inversão desse processo, a prisão limitadora do egocentrismo pode transformar-se numa fonte de auxílio e felicidade para os outros.»


Alguns títulos da autoria de Sua Santidade, publicados pela Pergaminho:

Colecção «Nos Passos de Buda»


Uma Vida de Compaixão
ISBN: 978-972-711-589-1
N.º de páginas: 104
Dimensões: 15 × 23
Preço c/ IVA: € 10,00
Ano de Edição: 2007

Uma reflexão profunda, acessível e bem-humorada de Sua Santidade o Dalai Lama acerca do verdadeiro sentido da compaixão.


Morrer em Paz
ISBN: 978-972-711-692-8
N.º de páginas: 168
Dimensões: 15 × 23
Preço c/ IVA: € 12,00
Ano de Edição: 2006

Sua Santidade o Dalai Lama conduz aqui uma reflexão sentida e profunda acerca do processo da morte e da sua importância no caminho para a iluminação.

Coração da Sabedoria
ISBN: 978-972-711-617-1
N.º de páginas: 168
Dimensões: 15 × 23
Preço c/ IVA: € 12,00
Ano de Edição: 2005

Uma análise do conhecido Sutra do Coração, feita por Sua Santidade o Dalai Lama, que revela a essência do conceito budista do amor e da compaixão.

Luz!

Quantas vezes não temos dúvidas? Quantas vezes não pedimos ajuda ao céu, mas sem a mínima esperança de obter uma resposta? Luz é uma tentativa, da parte do céu, de responder, de comunicar. Este texto, mágico e cheio de energia, destina-se a elucidar-nos sobre as questões fundamentais da vida. Para encontrar a resposta a uma questão que o assole, basta retirar dois símbolos do conjunto de caracteres aramaicos que acompanha este livro. Consoante o desenho traçado por esses dois símbolos, irá aceder a uma mensagem de Jesus acerca da questão colocada.
Pergunte, o Céu Responde!


Com mais de 25 000 exemplares vendidos em menos de um mês, Luz - Pergunte, O Céu Responde é já um dos grandes sucessos do ano. Acompanhado de um conjunto de peças (10 símbolos do alfabeto Aramaico, a língua que Jesus falava há 2000 anos) com as quais os leitores poderão obter as respostas às suas perguntas, o livro é muito simples e prático de consultar. Para cada pergunta que queira fazer, basta retirar dois símbolos. «Antes de retirares os dois símbolos, coloca a tua consciência no teu peito, e sente profundamente o assunto que pretendes questionais. Quanto mais profundamente sentires, maior será a comunhão que estabeleces com o Universo, e por conseguinte maior a comunicação com as mensagens. O acto de retirar os símbolos é já a pergunta. Na conjugação dos símbolos está a resposta.» Assim diz Jesus, no livro de Alexandra Solnado. Atreva-se a perguntar! O Céu responderá!